Meu último "casamento" terminou e fiquei com um problema. Para sair da minha nova casa em direção ao trabalho precisava passar na casa antiga. Inicialmente isso não me agradava pois, pensava eu, poderia dar a impressão de estar fiscalizando e, pior, me faria lembrar diariamente do quanto eu "era feliz".
Então, para evitar tudo isso, eu fazia um desvio muito desconfortável para chegar na agência. Felizmente durou pouco. Sequer uma semana. Logo me dei conta que lembrar todo dia de mudar o trajeto natural era tão desgastante quanto passar na frente do velho prédio. E já que não havia mais relação alguma, o que pensassem ou deixassem de pensar de mim não mudaria o inexorável fato de que estava mesmo tudo acabado.
E voltei ao trajeto mais rápido e tranquilo. E logo nem mais espichava o olho para aquela sacada do nono andar.
As conexões que nossa mente faz. Lembrei disso ao observar pessoas no twitter apontando para postagens alheias com desdém.
A energia que gastam reclamando do que o outro escreve é muito maior do que gastariam simplesmente dando unfollow ou ignorando. Mas gente tem que reclamar ou sofrer, né?