Moa é um cartunista, ilustrador etc de Porto Alegre. Dos bons. É bom não é de hoje e isso você podem ver aqui. Mas Moa também é um muito querido ex-colega de faculdade que hoje é presença perto/distante nos facebooks e afins da vida.
Nunca gostei de beber e jamais bebi muito. Neste momento lastimo. Se tivesse bebido durante a convivência com Moa seria mais fácil e aceitável eu hoje chegar na frente dele e dizer que alcancei o nono passo dos AAs e, portanto, preciso me desculpar com ele. "Desculpa, Moa. Foi mal".
E o que eu teria feito de tão ruim para ele? Eu fui irritantemente mulherzinha. Ele era meu amigo mais querido. Um carinhoso amigo. Tinha um cuidado enorme comigo. Daqueles de me levar pra almoçar na casa da família dele e de ter pena do enorme apartamento em que eu morava... sozinha. E eu ficava exercitando meu charmezinho otário querendo que ele, inutilmente, me desse trela. E eu nem de perto era apaixonada por ele. Era uma idiota pensando que "como assim ele não me quer?".
Era um cara de caráter e não se deixou engambelar pelo meu poderzinho mixuruca. Bem fez.
Moa é o melhor dos meus fracassos e isso fica evidente no desenho acima.
Ele parece continuar o mesmo terno ser que ficava rabiscando seu caderno na faculdade e desconfiando da sua capacidade de discorrer um filosofês básico nas provas daquele pré-socrático professor de quem nem lembro o nome.
Em meu favor posso apenas pensar que neste quesito eu dei uma ajudinha. Mas ainda assim, foi mal. Tá?