A não ser que alguém tivesse conhecimento prévio das intenções do sujeito que invadiu a escola no Rio de Janeiro e matou crianças, e por alguma razão se omitido, não há como responsabilizar qualquer pessoa ou entidade sobre o ocorrido.
Não há como colocar a culpa no Estado ou na escola, simplesmente. Não é possível prever quando e como a insanidade vai atuar. E sempre que se fala em instalar detectores de metais ou revistar mochilas nas escolas a comunidade não aceita, com ou sem razão.
Desarmamento? Apesar de ser totalmente contrária ao porte de armas, legal ou não, não creio que uma lei as banirá. Não se pode dirigir alcoolizada, vender drogas, comprar DVDs piratas e no entanto está tudo escancarado ai. Por acaso a arma utilizada pelo doidão era legalizada? Não sei. Duvido.
Então, equipes de jornalismo em ação: parem com as conjecturas infames. A loucura nem sempre tem lógica.
Quando cursava faculdade de jornalismo em Porto Alegre havia um colega que me tratava muito mal. Nada que eu falasse ele aceitava. Jamais veio dele um só gesto simpático. E foi assim por um ano inteiro até que não me aguentei e perguntei para ele o motivo para tanta animosidade.
"É que você é morena. Minha mãe e minha irmã são morenas e eu as odeio", respondeu. Claro! Como eu não imaginei algo tão óbvio? Santas bananas Batman!
Gente. A única resposta para esta animalidade, quem a tinha, morreu. Tudo é conjectura. Sobre esta barbárie, tudo que ouvi de psicólogos, fundamentalistas religiosos e analistas criminalísticos foram besteiras adivinhatórias.
Nem naquilo que o criminoso escreveu em sua carta de despedida dá para acreditar. Que filtros tem esta mente? Não me parece criatura capaz de avaliar qualquer coisa com temperança.