Estava lá. Um programa dedicado à educação brasileira. Gostei. "Show Brasil 500 Anos". Dedicado à educação e lá pelas tantas, Gal cantando o já clássico de Chico, a legenda: "Folhetin". Isto, com n.
Achei bacana. Combina com o estado da educação no país e com a patética cena que pessoalmente protagonizava naquele momento. É verdade... depois de dias de chuva e umidade capazes de não secar peça qualquer, véspera de viagem, eu passava roupas.
Entre una planchada y otra... passavam os cantores em minha frente. Muitos em performances normais, outros até surpreendentes e alguns em situações no mínimo curiosas.
Caetano cantava Carolina pra ninguém pois o áudio sumiu. Não sou do tipo que acha isto tão terrível pois é obra do azar e quem trabalha sabe muito bem disso. É o imponderável que acontece. Mas imagino Caetano, com seu modesto ego, soltando discurso nos corredores.
Enquanto o Skank cantava "É Proibido Fumar", o público gritava: "maconha". E era muita gente, fiquei impressionada. Em rede nacional, puxa! Qualquer dia os cara-pintadas vão às ruas pela legalização. Vai ser os cara-pintadas contra os de cara.
Aí teve uma Baby "ex-Consuelo" do Brasil em versão pós-globalizada. Ela defendeu para os brasileiros uma tese mais ou menos assim: cada um fazendo um pouco vamos chegar ao terceiro milênio em uma cosmocracia. Ela vai além da tão falada globalização e quer a unificação do Cosmo. Isto é que visão de futuro.
O programa teve seu lado sacanagem. Fazer Gabriel Pensador cantar é crueldade. Com ele e com todo mundo. Num dueto com Martinho da Vila perdeu feio. Martinho revelou-se melhor rapper que Gabriel sambista.
E costurando tudo... Maurício Kubrusly. Pessoalmente acho que Zeca Camargo teria feito melhor. Mas escolha e escala são coisas em que ninguém se mete...