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O absurdo da semana saiu em todas emissoras, em diversos horários e repetidas vezes.

Nem novela, nem humorismo. Tampouco talk-show ou enlatados. O absurdo da semana saiu em todas emissoras, em diversos horários e repetidas vezes. Foi capa-unanimidade e rendeu muita falação, muitas horas de rádio.


Cenas de desprezo absoluto. Não importa o motivo, armados de uma ordem judicial, máquinas e "máquinas", avançavam destruindo casas de uma "vila irregular", digamos assim. Um das justificativas para o civilizado ato seria que tal vila fora construída sobre um manancial.


Já sei, já sei, já sei que os mananciais são a nossa vida. Mas aquela era a vida deles. Era o sonho de um teto. Um teto qualquer. Ali, num cantinho da casa estava aquela coisinha que, por razão que o mundo desconhece, o morador guardava há anos. Uma foto, um caderninho. Tanto faz. E mais, evidentemente, o fogão, a TV, o colchão, as roupas... estas coisas que envolvem crediário, aperto, trabalho grosseiro pra conseguir.


Eu não queria estar lá e nem cá vendo isto.


Cena de miséria humana igual só a da mãe trabalhadora que chora em frente às câmaras porque sua doce filha de 11 anos foi convidada por Anthony Quinn para viver em sua casa nos Estados Unidos. A mãe encara aquilo como uma oportunidade e a menina... a menina vê como uma fantasia de Disney, Hollywood e Beverly Hills. Normal. Banal.


Xô. Melhor mesmo ver Toni Ramos virar o "rainho da sucata". E Maitê Proença a primeira-dama do ferro-velho. Esfregando o chão e feliz.

Depois de ter um "caso" com Torloni encarar uma Glória Menezes de frente é dose pra qualquer um.

Li na Folha de São Paulo que Sílvia Pfifer estaria satisfeita por sair da novela pois ficaria sem núcleo, seu personagem se perderia na trama. Cá entre nós não acredito nisso. Acho que a satisfação tem mais a ver com decadência. Depois de ter um "caso" com Torloni encarar uma Glória Menezes de frente é dose pra qualquer um. Homem ou mulher.


Brincadeirolas de lado, a "morte" de Letícia e Rafaela é a cara do Brasil. Sabe aquela sua tia que diz algo mais ou menos assim: "eu não sou racista mas não gostaria que minha filha se casasse com um negro"? Pois foi isso o que aconteceu.


Os brasileiros não deixam de comprar discos deste ou daquela cantor(a) por serem homossexuais. Fosse assim grande parte das estrelas da música brasileira estaria na miséria.


Acontece que, assim como sua velha tia, eles aceitam a boiolice ou sapatice de qualquer um... desde que não seja com os seus. E neste caso específico, o de Torre de Babel, o "seus" seria a boa e velha Glória Menezes.


Como Regina Duarte foi a "Namoradinha do Brasil", Glória foi e sempre será a "Esposinha do Brasil". Impossível ver a idealização mais recorrente de "mamãe" nos braços de Sílvia Pfifer.

E, finalmente, a certeza de este ser um país de necrófilos.

A Globo conseguiu produzir o mais caro Globo de Ouro da sua história. Fez um programa igualzinho a sempre, só que desta vez na terra do Asterix. Calcule custos normais de produção, passagens, cachês, mordomias e frescuras de toda a troupe que participou do show e veja quanto saiu a brincadeira. Ainda bem que o dinheiro não é meu, pois eu teria proposto fazer aqui mesmo - daria na mesma.


Ouvi gente reclamando que o show não representou bem a cultura brasileira, conforme sua proposta. Pura bobagem. A seleção de artistas tinha tudo a ver com o povo que assa churrasquinho à margem do Sena. É a nossa cara.


Mais uma vez o Brasil vendeu a imagem do "brazilian voodo". Índios brancos dançando, penas, cocares e pinturas afro não faltaram. É claro que Carlinhos Brown teria feito o trabalho com mais competência. Alguém tentou lembrar Villa-Lobos, inserindo um arranjo com as Bachianas. Frustrou-se, pois o locutor anunciou "Trem Caipira", talvez por ter sentido, como muitos, a falta de Egberto Gismonti no palco.


Gilberto Gil, este fantástico artista, semi-tonou o tempo inteiro, para não dizer que desafinou mesmo. Com exceção de Ivan Lins, todos se dirigiam ao público em português e não me pareceu que tivesse tradução simultânea no estádio.


O ponto mais positivo foi registrado no show do Só Pra Contrariar. Parece que assumiram a ruindade do pagode e interpretaram sambas tradicionais, imprimindo um certo toque jazzístico na interpretação. Ao menos reconhecem o óbvio.


Se a televisão realmente tivesse a importância que muitos creditam a ela esta teria sido a última apresentação de Sandy & Júnior. A prova terminal de que isto não é verdade é que eles continuarão a cantar impunemente.


E, finalmente, a certeza de este ser um país de necrófilos. Teve homenagem a Senna, homenagem a Leandro, gente cantando Gonzaguinha, Cazuza e por aí vai. Gil homenageou até Paulo Coelho. Ops, este não morreu.


Eu sei que os franceses são um pouco enjoados... que de um modo geral só gostam deles próprios... estas coisas todas que correm pelo mundo. Mas mesmo assim eu acho que não mereciam isso.

E como todos já devem estar cheios de especiais Leandro vou poupá-los de maiores comentários além deste: que porre!!!

E como todos já devem estar cheios de especiais Leandro vou poupá-los de maiores comentários além deste: que porre!!! Este país está bom demais pro Fernando Henrique no que se refere aos meios de comunicação: Copa do Mundo e morte de ídolo popular. Como vai o Planalto mesmo?


Muito melhor falar mal das plásticas da Glória Menezes. Há muitos anos perguntaram para a Fernanda Montenegro se ela teria problemas com o envelhecimento e se faria plástica. Ela respondeu, lembro bem, que não tinha preconceitos contra a cirurgia mas que não faria pois, sendo atriz, vive da capacidade de expressão do seu rosto. Realmente... Glória Menezes não poderia fazer Central do Brasil.


O melhor da televisão nos últimos tempos é mesmo South Park, desenho animado que passa no Multishow/NET. O melhor horário é o das terças-feiras, 21 horas. O Brasil tem desenhistas de H&Q e animação espalhados pelo mundo. A TV bem poderia colocar alguns a fazer uma novela animada. Perdoem-me o trocadilho (como se houvesse perdão para isso), mas ao menos alguma coisa seria animada na televisão nacional.

Uau!!! Ronaldinho agora é bonito.

A chamada do Jornal Nacional do dia 18 de junho não poderia ser mais interessante: Ronaldinho aparece sem aliança no treino. Daí para lembrarem que a Suzana Werner deu para ele no Dia dos Namorados uma camiseta com frase anunciando ser melhor não olharem para o rapaz, as outras, e que este presente o teria deixado constrangido... bom... concluíram tudinho. Ronaldinho e Suzana Werner romperam.


Pior... termiram a vazia matéria, sem qualquer entrevista, dizendo que os dois são jovens e bonitos. Uau!!! Ronaldinho agora é bonito. A Globo além de fofoqueira virou daquelas mocinhas que acham bonitos qualquer cara que ande em uma Mercedes. O nº 9 é bom de bola, é simpático, é queridinho, gracinha... é qualquer coisa menos bonito.


Critérios, pelo amor de Deus!!!


É por matéria inventada deste tipo, porém mais grave, que a coitada da Glória Pires tem que fazer cena patética no Faustão para provar que não tentou se matar e que o Orlandão não é Wood Allen.


E aí vem gente dizer que novela é tudo invenção... que aquelas coisas não acontecem na realidade. A não ser que telejornal também seja obra de ficção, cretinice não é privilégio de novelas.


Em tempo: a possível confirmação do rompimento durante o período em que este comentário estiver na rede em nada mudará minha opinião sobre a pobreza da matéria. O jornalismo inglês tem a BBC para ser copiada, não precisamos dos tablóides.

Não está fácil escrever sobre televisão nestes tempos de futebol. É uma verdadeira overdose.

Não está fácil escrever sobre televisão nestes tempos de futebol. É uma verdadeira overdose. Sugiro aos institutos de pesquisa uma checada na opinião pública para saber se a unanimidade brasileira em torno do futebol é concreta. Olho em volta e não vejo isto como uma realidade incontestável.


Se você pertence a esta minoria que não considero assim tão inexpressiva, receba aqui minha solidariedade. Só posso me compadecer daqueles que não gostam de futebol nos dias que seguem.


Veja só: são 64 jogos transmitidos ao vivo ou não. 13 mesas-redondas e todos os telejornais brasileiros com boletins direto da França, mais os internacionais. De quebra o "Boteco do Ratinho". Não sobra muita coisa.


A coisa é tão triste que o destaque da programação para o dia 11, segundo o caderno TVFOLHA, da Folha de São Paulo, era um seriado sobre a vida de David Hasselhoff, astro de SOS Malibu, no GNT. Você pode imaginar sua vida sem isto?


Fui conferir o que rolava e - além de filmes, desenhos animados, seriados e documentários de sempre - dei de cara com uma reprise da homenagem a Bob Dylan. Na minha janela uma procissão de Corpus Christi e na telinha a imagem de Dylan e Neil Young. A volta dos mortos vivos perde.


Por incrível que pareça a única coisa interessante vinha da RTPI, uma entrevista com a cantora Eugenia Melo e Castro. Ela anunciava algo interessante para o Brasil. A RTPI e a Cultura de São Paulo "estão a co-produzir" um programa que entra na grade em junho (já entrou?) e que tem uma fórmula legal. Duplas de artistas, um português e um brasileiro, se apresentam juntos. Uma idéia bacana pois acho fundamental promover algum tipo de intercâmbio entre Brasil e Portugal que não seja de piadas e dentistas.


Isto é tudo.


Agora, além de minha solidariedade e compaixão, posso ainda dar um conselho: caso você não goste de futebol, jamais mencione isto publicamente. Vocês não sabem a quantidade de mensagens desaforadas que recebo cada vez que digo não gostar deste ou daquele programa.

Há um erro de origem em “Torre de Babel”. Se a novela se passa em um shopping deveria ter apenas adolescentes no elenco.

Há um erro de origem em “Torre de Babel”. Se a novela se passa em um shopping deveria ter apenas adolescentes no elenco.


Depois de fazer uma versão tropicalizada de Plantão Médico a Globo agora nos coloca diante do George Clooney brasileiro. Vocês viram o cabelinho do Edson Celulari em “Torre de Babel”? Ou o novo penteado é uma reciclagem de Calígula, que o mesmo ator interpretou no teatro há algum tempo?


Aliás, em matéria de cabelos a novela de Sílvio de Abreu está fantástica. Os modelitos de Adriana Estevez e Christiane Torloni são lindos. Acho que vou ao “ instituti” fazer um igual pra mim. E pedir ao namorado que adote o estilo boina de Marcos Palmeira.


O Marcos Palmeira eu acho de uma versatilidade incrível. Quando faz personagem rural deixa o cabelo naturalmente rebelde e capricha num falar cheio de cacoetes. Quando interpreta um tipo urbano e inteligente coloca óculos. A mesma estratégia do velho Mário Sérgio de Vale Tudo. Quer dizer: Palmeira crespo é peão. Palmeira de óculos é intelectual.


A estorinha da novela até que é legal. Vingança sempre rendeu bons filmes, romances e novelas e é um respeitável tema recorrente. O elenco também é bacana. A Globo tirou do armário seu estoque de campeões de cartas e audiência. Aliás, tirar do armário é uma expressão bastante apropriada para associarmos a esta novela.


Lá estão La Torloni e La Pfiffer adentrando os lares brasileiros na linha lesbian-chic. Difícil não é agüentar este tema na novela. O porre é suportar a mídia dando bola pra isto. Dizem as más línguas que a loja que elas têm no shopping é uma franquia Samello. Maldade.


Gilnei, o editor do Baguete, adorou os cenários da novela. Especialmente da Torre de “papel”, diz ele. Ora... cenário jamais foi o forte das novelas brasileiras. São sempre “fakes”. Eu nunca tinha prestado atenção nisso até que uma australiana que vivia lá em casa nos idos da adolescência me chamou a atenção para o fato. E ela estava certa.


Parece que a Globo prometeu, quando terminada as gravações da novela, doar a “ Torre” para alguma fundação cultural. Se a teoria do Gilnei estiver certa é bom que esta locação tenha sido construída no canto mais agreste do nordeste. Se chover no papelão dançou.


No mais resta esperar para ver como Sílvio de Abreu se sai nesta empreitada. Ele é mestre em novela das 7. Junto a Jorge Fernando foi responsável pelos melhores pastelões do horário. “Novelão” não é bem sua praia.


Pensando bem... talvez ele pudesse jogar com isso. Imprimir um pouco de humor ao horário, o que jamais foi experimentado, ao menos de forma mais contundente.

Ligo a TV e a certeza que a criatividade científica supera a humanística se evidencia.

Ligo a TV e a certeza que a criatividade científica supera a humanística se evidencia. O programa, desculpem, não sei o nome. Mas vai ao ar nosdomingos, por volta das 20 horas no Worldnet (NET).


Trata-se de um equipe x equipe destes que lotam nossa telinha. Perguntas, respostas, pontos, buzinas, prêmios e a habitual tensão, não importa se verídica ou armada. Igualzinho a sempre. J. Silvestre, Flávio Cavalcanti e Blota Júnior já faziam isto, copiando a TV americana que fazia antes ainda.


O único diferencial do programa é o tema: o mundo dos computadores.


Quatro senhores de cada lado e dois apresentadores. As perguntas são algo assim: "desde que foi criado o primeiro modem, em quantas vezes já foi multiplicada sua velocidade"? "Bill Gates cantarolou na TV esta semana. "Qual música"? "Quanto a Microsoft pagou aos Rolling Stones"? "Quem foi o criador do Yahoo"? E por aí vai.


Faço então um paralelo. Desde que surgiu, a televisão evoluiu muito. Ganhou cor, abandonou a válvula, é transmitida via cabo ou direto por satélite, enfim... uma série de inovações. O computador então nem se fala. De funções limitadas e tamanho imenso, no início, virou estas coisinhas vendidas em supermercado, eletrodoméstico presente diariamente em nossas vidas.


A tecnologia de ambos deu muitos saltos nestas quatro décadas. Tiveram upgrades bem mais sensíveis que a criatividade dos produtores de televisão, que continuam fazendo programas equipe x equipe, tocando buzina para o erro, marcando no relógio o tempo da resposta, forjando tensões, distribuindo prêmios.


Parece que os engenheiros têm alcançado resultados mais expressivos que diretores e produtores de televisão.

Jornais, revistas, emissoras de rádio e de televisão vem destinando nos últimos dias uma série de matérias relativas ao vigésimo “aniversário” do Maio de 68. Até o canal Futura, não se pode dizer que inoportunamente, reprisa a minissérie “Anos Rebeldes".

Jornais, revistas, emissoras de rádio e de televisão vem destinando nos últimos dias uma série de matérias relativas ao vigésimo “aniversário” do Maio de 68. Até o canal Futura, não se pode dizer que inoportunamente, reprisa a minissérie “Anos Rebeldes".


Aquele que buscou assistir o trabalho de Gilberto Braga de forma linear, como foi apresentado no período imediatamente anterior ao processo de impeachment de Color, danou-se. “Anos Rebeldes” está programado no horário denominado “Faixa Comentada”. Isto significa que de tempos em tempos a imagem é congelada e entra em cena o ator Eduardo Martini, que interrompe a trama para explicá-la.


O que a princípio parece insuportável, revela-se interessante. É claro que a fórmula pode não seduzir quem entende todas e tantas citações, mas é muito educativo àqueles que não têm a menor idéia do que se passa na telinha.


E não me refiro às questões políticas porque estas, em maior ou menor grau, são conhecidas. Na pior hipótese o público assinante de TV à cabo, mesmo em um sistema educacional precário, recebeu noções mínimas de história. Leu “O Que É Isto Companheiro”, “Feliz Ano Velho” ou ao menos cantarolou a indefectível “Pra Não Dizer que Não Falei de Flores".


O melhor de tudo nesta reprise é a contextualização de outro tipo de citações. Dois exemplos? Em um determinado capítulo, entre diversas paradas, Martini explica a cena em que João (Cassiano Gabus Mendes), irritado com os Atos Institucionais, diz que “isto é um Febeapá”. Ou quando conta para os telespectadores o que foi a revista Realidade, que aparece nas mãos do personagem de Mila Moreira.Isto já vale um capítulo. Sem dúvida é incomum que alguém com menos de 20 anos conheça o “Festival de Besteiras que Assola o País” (Febeapá), respeitado livro de Stanislaw Ponte Preta. E mais improvável ainda que consiga avaliar a verdadeira importância da revista Realidade, se já tiver ouvido falar dela.


O único aspecto realmente lastimável de “Faixa Comentada” é o veículo. Uma pena que esta idéia só encontre espaço em um canal que chega aos televisores brasileiros apenas via cabo ou parabólica.

Dia de folga e resolvo ficar em casa depois de muito tempo. Estes momentos em que fico quieta no meu canto fazem falta, são raros.

Dia de folga e resolvo ficar em casa depois de muito tempo. Estes momentos em que fico quieta no meu canto fazem falta, são raros. Entre um livro, um CD e a televisão divido minha tarde de ócio absoluto. A Telefunken/76 está um pouco empoeirada e, quando vou ligar o velho aparelho, tomo vergonha e pego no paninho.


Busco a revista da NET e começo a maratona. Além dos usuais documentários do mundo animal e seriados, é impressionante a quantidade destes tipos de programas, filmes, desenhos e mais documentários. A MTV mostra pela milionésima vez o clip do Jamiroquai e um outro canal apresenta a vida de Jackie O.


O GNT reprisa a série Terra Brasil, com a apresentação monocórdica de Lúcia Veríssimo quase pondo a perder os esforço da produção, que caprichou na pauta, religião, e nos entrevistados. Falou Dona Canô, falou Caetano, falaram luteranos, católicos e representantes de todas os dogmas. Interessante.


Programa de apenas meia hora de duração, acabou rápido e logo segui pilotando meu controle remoto. Fui para a TV aberta. Reprise de novela, mais mundo animal, um programa local que nem merece menção, a loura-vespertina recordista de permanência no ar. Nada.


Começo a lembrar uma cena vivida no trabalho. No início da semana estava sentadinha em frente ao computador quando vejo a "chefe" vir muito séria em minha direção. Apesar de não fazer o tipo irado, é "chefe". Soltei um "ai" em pensamento e ouvi: "Márcia, você viu o jogo que a Globo transmitiu no domingo?


Não tinha visto São Paulo x Corínthians e, pelo o que senti, nem ela conseguiu. Como o assunto era futebol logo se formou uma rodinha. E começaram a me contar os detalhes da tal transmissão.


Parece que na falta de tradição em cheer-leaders estamos inovando. Como informação adicional ao esporte, entrevistas com esposas de jogadores. Chitãozinho e Xororó dão seus palpites, e por aí vai.


E isto é só um preâmbulo para o que prometem fazer na Copa, quando Suzana Werner fará entrevistas com a torcida; Pelé, Falcão e Casagrande abobrinharão em nossas cabeças; e sabe lá mais o que.


Volto para meu aparelho e na telinha está Sílvia Popovic com mais um de seus polêmicos assuntos.


Antes que a vontade de voltar correndo para o trabalho tomasse conta de mim peguei minha bolsa e fui ao cinema.


Subitamente senti a maior compaixão pelos desempregados. Além da triste situação de improdutividade e penúria que vivem, nada para ver na televisão durante a tarde.