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Nada é mais fácil do que achar o risível em novelas.

Sobre as cenas finais de Torre de Babel tudo já foi dito, menos um detalhe importantíssimo e que me fez gargalhar em frente da televisão. Dentre todos os grandes achados finais o autor deu-se ao luxo de encerrar a participação de Dalton Mello e Vanessa (???) Barum com diálogo lapidar. Os dois, casadinhos e habitando a velha casa do ferro-velho, estão em clima doméstico. Ele estudando na mesinha de centro e ela deitada no sofá, lendo. E correm então - mais ou menos - estes dizeres:


Shirley: “...Fico muito feliz que você tenha voltado a estudar”. 
Adriano: “Uma coisa que eu vou querer é que você faça uma faculdade”. 
Shirley: “É mesmo??!! Eu faço” (com cara de feliz e animada).


Se ela mesmo tivesse manifestado o desejo, tudo bem... No coments.


É por estas e por outras que frustrarei os eventuais leitores que acessem esta página em busca de mais novidades novelísticas. Minha cota estourou.


Cria-se então um problema pois nada é mais fácil do que achar o risível em novelas.


Imagino que o pessoal da TV Senado deve estar preocupado com as duzentas mil horas de transmissão direta do “julgamento” de Clinton, by CNN. Disputa com a emissora do senado brasileiro em animação. Sobe um na tribuna e detona Clinton. Sobe outro e defende. Realmente, domingos, políticos e mães são iguais em qualquer lugar do mundo. No caso dos primeiros chama a atenção a gestuália. Sinto falta apenas do jeito ACM de presidir. Voês já repararam que o ACM jamais está prestando a atenção em qualquer pronunciamento? Está sempre envolvido em conversas paralelas e ouvindo cochichos de seus papagaios de pirata.


E a Rede Manchete está se entregando para o bispo e a bispa de sei-lá-qual-igreja. O pessoal que trabalha lá ao menos tem agora a esperança de receber... nem que para isto tenha que passar o cestinho no culto. Não entendo quem reclama da evangelização da TV brasileira. Rede Vida, Record, Manchete, Vinde... Meus compatriotas não sabem mesmo o que querem. Reclamam da sexualização, reclamam da “beatice”... se entendam, pô. Ou vão querer me convencer que querem programação cultural e séria?


Se isto fosse verdade estariam fazendo manifestações pela volta do Paulo Henrique Amorim ao comando do jornalismo da Band e até onde sei isto não ocorreu. Lembram da cobertura das eleições? Paulo Henrique, sozinho, fez mais do que todo jornalismo da Globo junto. E do SBT e Record idem. Qual nada. Tudo falácia.


Falando em falácia. O Manhattan Conection - programa que lidera o ranking da “jogação” de conversa fora e que vai ao ar nas noites de domingo no GNT - vai mal. Não que o quarteto Caio Bindler, Lucas Mendes, Nélson Motta e Arnaldo Jabor estejam piorando pois isto não estão. São os mesmos de sempre. Mas a qualidade do áudio está muito abaixo do aceitável. As intervenções do Jabor, via satélite, invariavelmente estão fora do ponto, o que é muito mais irritante que suas opiniões.


Interessante foi o tema do Globo Repórter que tratou dos esquecidos. Desencavou Ferrugem, Kate Lyra, Ricardo Prado e uma série de pessoas que um dia já tiveram fama e dinheiro e que hoje não têm mais fama e, em alguns casos, sequer dinheiro.


O que me faz repetir uma pergunta feita na coluna da semana passada. Até que alguém responda eu a manterei no ar: onde anda Djenane Machado?

Desde que iniciei a coluna no Baguete tenho evitado falar no execrável roedor milionário do SBT. Acredito que Ratinho, Collor & Cia. Ltda. merecem o esquecimento. Merecem habitar o limbo da mídia e o total esvaziamento.

Tive, em meu passado recente, uma breve passagem pelo interior do Paraná e, lá morando, certo dia disse a uma amiga que, se por acaso ela ouvisse qualquer tipo de comentário sobre minha conduta... não me contasse. Tinha claro que, se não ficasse sabendo das fofocas... viveria como se não existissem. Desta forma vivi dois anos em paz, sem sofrimentos com o diz-que-diz tão habitual nas pequenas cidades. Pensamento semelhante pode ser aplicado a muitas outras situações.


Desde que iniciei minha coluna, aqui no Baguete, tenho evitado falar no execrável roedor milionário do SBT. Acredito que Ratinho, Collor & Cia. Ltda. merecem o esquecimento. Merecem habitar o limbo da mídia e o total esvaziamento.


Só que o Sr. Carlos Massa conseguiu a superação do que já era absurdo. Na busca desenfreada de audiência, colocou no ar um casal que jura ter como filha, nada menos que Angélica, a da pinta. Não sei como tal casal teria perdido a guarda da criança, pois não gastei meu tempo ouvindo suas sandices... mas o pouco que suportei assistir bastou para perceber a cretinice.


Será que o escabroso mundo das pessoas comuns não mais estaria rendendo os cobiçáveis pontos e agora a engenhosa produção do programa começa a apelar para o lado dos ricos, bonitos e famosos? Tomara.


Se este raciocínio estiver correto, significa que os dias de glória do ignóbil ser estão contados. A repetição de hi(e)stórias como esta, tão inacreditável, deixará evidente que tudo não passa de uma grande farsa e o público que ainda prestigia Ratinho passará, paulatinamente, a abandoná-lo.


Deu. Chega. Já falei demais neste sujeito para quem acredita que ele não é digno de meus pensamentos.


Muito melhor mencionar Tarcísio Meira, que finalmente pisou no tomate. Peguei-o no pulo. E doeu!! Não me refiro a seu talento, mas a algo que sempre me chamou a atenção em sua carreira.


Vocês já notaram o jeito que ele fala? É todo articulado. Fala erres e esses certinhos, em geral até marcadamente. Costuma ser de uma correção ímpar na teledramaturgia nacional. Melhor, costumava. No capítulo de terça-feira (12.01), em Torre de Babel, seu personagem diz que Leda-Leila é "meia louca". Ou "meia" qualquer coisa, vá lá.


AI AI AI!!! O que será uma "meia louca"? Será uma meia que ganha vida e, revoltada contra o chulé de seu proprietário, começa a espremer-se ao ponto de provocar gangrena em seu pé?


Pô Tarcisão...


E já que estou na esfera da fala... li certa vez que Carlos Alberto Riccelli, aproveitando sua permanência nos Estados Unidos, havia feito um trabalho de aprimoramento vocal. Necessário, diga-se. Sempre foi seu ponto fraco a dicção. Com uma voz presa no peito, era difícil entender o que dizia e, pior, mais difícil ainda, compreender como alguém com tal dificuldade conseguia manter-se como ator.


Fui conferir o resultado de tal esforço na minissérie sobre Chiquinha Gonzaga, que passa agora na Globo. Uau! Parece que funcionou. Fiquei fã do cara. Adoro gente que se supera. O desempenho continua o mesmo, mas a voz...


Agora... dar a Regina Duarte Júnior (lembram da Eduarda?) a incumbência de protagonizar uma minissérie é abusar da paciência do telespectador. Já que o problema era encontrar duas atrizes de diferentes idades, mas fisicamente semelhantes... que tal Fernanda Torres e Fernanda Montenegro? Não aceitaram? Estavam ocupadas? Eram caras? E Débora e Paloma Duarte? Duarte por Duarte, as duas mães eqüivalem em talento. Já as pimpolhas são incomparáveis.


Reconheço que estou "meia" azeda hoje. Deve ser porque, no fundo, eu desejasse dedicar uma coluna a algo bem bacana. Um programa que me desafiasse a ser boazinha. Mas nada encontro em meus 56 canais.


Aceito sugestões.

Depois de quase um mês sob o escaldante sol da Bahia... eis que volto me sentindo a própria Sílvia Pfifer.

Depois de quase um mês sob o escaldante – e paradoxalmente maravilhoso - sol da Bahia, longe de jornais, TV, Internet e qualquer tipo de informação ao qual estou habituada... eis que volto me sentindo a própria Sílvia Pfifer. Não que tenha crescido, emagrecido ou embelezado como a tal... nada disso. É que eu também sou outra. Acho que sou minha irmã gêmea que tomou meu lugar para livrar-me do perene tom plúmbeo do céu curitibano.


Ai quem dera fosse! Sou eu mesma aqui e não mais a interina Lara, que gentil como sempre assumiu a coluna durante minhas férias (e uma multa enquanto se dirigia ao aeroporto para me buscar).


Ao chegar, ciente do compromisso semanal de mantê-los absolutamente informados sobre minhas imprescindíveis opiniões acerca do que nos apresenta a TV, retiro ânimo para folhear jornais e revistas que se avolumaram em minha caixa de correspondência. É hora de dar uma conferida na programação.


Começo pela revista da NET, que de destacável traz a inclusão do Canal Brasil (24 horas de filmes nacionais) na sua grade. Os três filmes do Roberto Carlos; Tati, a garota; um festival Zé do Caixão; A Hora da Estrela; O Quatrilho e muito mais.


Mas as novidades mesmo estão na minha querida Globo. Na mesma semana temos a estréia de O Auto da Compadecida e do novo programa do Chico Anísio. Uau! Vamos ao que interessa. Abandono revistas e jornais e prostro-me diante da telinha. Voilá!!


O Auto da Compadecida 


Antes de tudo, devo contar algo que delata minha idade. Quando li nos jornais que texto de Ariano Suassuna estaria na programação da semana, minhas primeiras lembranças não estavam relacionadas a qualquer de suas montagens teatrais. Imediatamente lembrei do Mederix - personagem de Ney Latorraca em Estúpido Cúpido - que com outros personagens interpretou a peça no decorrer da trama. Além de velha descubro que tenho memória.


E já que falei em Estúpido Cúpido... onde anda Djenane Machado, que fazia uma freirinha moderna na novela e que há anos não vejo ou tenho notícias? 


Bem... isto é outro assunto...


Interessante que um dos principais méritos de O Auto da Compadecida é justamente o que causa certa estranheza. Este negócio da Globo, vez por outra, produzir seus programas em película apresenta um resultado no mínimo curioso e, confesso, ainda não tenho claro se gosto ou não. É claro que há um salto na qualidade das imagens, mas também é fácil identificar a fonte de meu estranhamento.


Minha formação audiovisual é tanto cinematográfica quanto televisiva. Criei-me entre uma e outra e instintivamente fui me habituando às distintas linguagens de ambas. E agora vem a Globo e reverte isto... nem sei se por opção ou vício.


Explico. Guel Arraes, o diretor de O Auto da Compadecida, fez televisão com textura de cinema. Ou cinema com enquadramento de televisão. Como preferirem. Uma espécie de Frankstein no qual as cenas do "filme" são quadradinhas como as tradicionais novelas do formato televisivo.


Estranho. Muito estranho.


Chico Anísio


Há alguns anos, quando ainda pilotava sua Escolinha do Professor Raimundo, Chico Anísio comprou uma enorme briga com os humoristas da nova geração e alguns setores da Globo. Na época humorista, vociferou contra a fórmula de Bussunda, Arraes & Cia.


Depois deste episódio, talvez não por causa dele, Chico foi colocado na geladeira (e para piorar a situação, lá ficou enclausurado junto a Zélia Cardoso de Mello, então sua esposa). Passado o período de ostracismo, Chico volta em um programa no qual aproveita para exorcizar os dois demônios.


Abandona a desgastada fórmula de múltiplos personagens e abraça um humor de crítica comportamental, típico daqueles que no passado criticou. Se sua intenção era mostrar que sabe fazer, e melhor, este tipo de humor... de certa forma conseguiu. Sem sombra de dúvida é um ator infinitamente mais requintado que Fernando Guimarães e Pedro Cardoso. E buscou apoio em Regina Duarte, que não merece ser comparada a Maria Paula de Casseta e Planeta. Goste-se ou não dois dois.


Exorcizou com sucesso o primeiro demônio.


O segundo... bem... o segundo é mais pessoal. Separado de Zélia e acumulando "n" pensões alimentícias, Chico Anísio fez galhofas sobre o casamento numa espécie de Comédia da Vida Privada conservadora. Seu personagem riu, debochou e escrachou a ex-mulher. O autor encontrou para ela um relacionamento afetivo-intelectual e, para ele, o ex-marido, uma aventura sexual. Estereótipo pouco é bobagem, mas talvez numa espécie de mea-culpa, o bom e velho Chico pára por aí. Faz piadas mas conclui, ao voltar para sua ex-mulher (Regina Duarte), que não dá conta de Luana Piovani e que no fundo no fundo "panela velha é que faz comida boa".


As duas estréias da semana são competentes. Mas não surpreendentes.


Obs: assistindo a uma reprise do Jô vejo Adriana Calcanhoto cantando no final do programa. Se ela é uma gaúcha que mora no Rio de Janeiro, eu entenderia se passasse a "chiar"... mas porque ela cantou repetidamente "córação"... ao melhor estilo nordestino?


* Lancei aqui nesta coluna um concurso que premiaria o leitor que acertasse quais seriam as atrações musicais do especial de Natal da Xuxa. O leitor que mais se aproximou da resposta certa (Netinho, Leonardo, Daniel e Fat Family) foi Rogério C. Borges, de São Paulo. Ele deixou de fora apenas a Fat Family e já recebeu o CD de sua escolha (Chet Baker – The Last Great Concert – Vol. 1 e 2).

Muita gente não sabe que, quando alguém escreve que a televisão é fator de desagregação da família, se refere também à família de quem está lendo aquele texto.

* por Lara Sfair


Muita gente não sabe que, quando alguém escreve que a televisão é fator de desagregação da família, se refere também à família de quem está lendo aquele texto.


Parece que o povo sempre são os outros, a doença e a desgraça são sempre no vizinho, né? Mas a TV é fator de desagregação da SUA família, meu (meu não, da Márcia) caro leitor!!


Desligue a TV!! Não abra mão de TV desligada no horário das refeições! Troque a fofoca televisiva pela conversa com seu pai, seu filho, sua esposa. Até sua sogra é mais animada do que qualquer programa de TV ao vivo!!


Desligue a TV quando chega em casa ( não vale para dia de decisão Corínthians X Cruzeiro, tá?), livre-se daquela conversinha que faz cenário prá tudo que acontece na sua casa (ou apartamento, ou quarto). E preste mais atenção no colorido, nas vozes, nas luzes, no barulho da SUA VIDA!!


Tudo bem, se você não consegue viver sem TV, eu compreendo. Ela é boa em marketing, não foi só a você que ela capturou (sabe-se lá as custas do que).Tudo bem, se sua família acha que estar vivo inclui ficar passivo em frente a uma telinha, com o controle remoto na mão.


Mas no Natal?? Não, por favor, no Natal não!! No Natal, seja você cristão ou não, desligue!! Se a TV insistir, arranque o fio da tomada, detone a chave geral, reaja!! Livre-se daquele mundo artificial e sensacionalista, ligue-se no seu mundo!!


Por pior que sua vida seja, não pode competir em breguice com a Hebe, em chatice com a CNT, em artificialidade com o SBT, em mesmice com as novelas da Globo, em pobreza com as produções da Record. Nem seu cunhadão é pior ou mais vazio e exibido que alguns noticiaristas.


Mesmo com a TV desligada por algumas horas, durante a ceia, pode ter certeza: você não sentirá falta da TV. A música incidental será a trilha de alguma novela…. Bem, talvez. Mas as crianças com certeza ganharão presentes televisivos: uma presilha da Angélica, um joguinho da Eliana, ou uma boneca Chiquititas ou ainda alguma inutilidade do Gugu. Agora tem até vodu de dupla sertaneja nas prateleiras!!


Você não vai sentir falta dela. Portanto, seja infiel!! Traia a sua TV com a sua família!! Seja como for, faça tudo o que puder para ter um Feliz Natal!!

Sou mais uma vítima dos indefectíveis amigos ocultos de final de ano.

Fãs de Torre de Babel, considerem-se vingados. Depois de declarar publicamente o que penso da novela em diversas colunas, vejo minha reputação ameaçada por algo que envolve a trama de Sílvio de Abreu. Sou mais uma vítima dos indefectíveis amigos ocultos de final de ano. A pessoa cujo nome estava escrito naquele papelzinho de aparência inocente pediu-me o CD Torre de Babel Internacional. Não poderei comprar em minha loja favorita, é claro. Lá todos me conhecem e, quando entro, me cercam mostrando as novidades off-FM de que tanto gosto e que, evidentemente, nem de perto passam por trilhas sonoras de novelas. Não usarei cartão de crédito pois no mês seguinte ainda estaria lembrando este ato aviltante.


Isto é castigo... mas tudo bem. Cumprirei com galhardia meu desígnio.


Este negócio de trilha de novela é engraçado. Os caras conseguem reunir os nomes mais obscuros, ou ressuscitar os mortos. Na novela Pérola Negra, do SBT, por exemplo, o verdadeiro fantasma não é a mocinha morta que aparece para conversar com a amiga viva. É Paulo Ricardo em sua interpretação "tem geeente" da abertura. Atualmente a única produção nacional com trilha impecável é Mulher, da Globo. Sambas da melhor qualidade, que jamais ganharão espaço no hit parede da emissora, que prefere encher de azeitona o pastel dos pagodeiros.


Mudando de assunto, mas continuando no tema drogas, vocês viram o Você Decide da maconha? Coisa mais ridícula. Absurda. Vejamos o que captei nos dois minutos que consegui assistir...


"Nerso da Capitinga" é um interiorano simplório que planta maconha para um grupo de espertinhos pensando se tratar de remédio para sei lá o quê. Seu primo (pobre Daniel Dantas) fica preocupado pois o matuto pode se meter em encrencas com a polícia. A grande questão: o primo deve entregar "Nerso da Capitinga" para a polícia ou não? Você Decide.


Ai que polêmica!! Bem imagino o pensamento de quem produziu esta maravilha.


Vamos ver o que o povo pensa sobre a maconha mas não vamos chegar ao extremo de apresentar um qualquer que use a droga e que, apesar disso, mantenha sua vidinha correndo normalmente até que um primo defensor da legalidade - ou que acredite realmente estar preservando a saúde física e mental do parente – fique na dúvida se o entrega ou não.


Isto seria demais. Não é permitido pelas regras vigentes simplesmente apresentar um quadro como este e então os produtores têm a brilhante idéia de tornar a questão uma piada absolutamente inverossímil, que talvez só ganhasse alguma credibilidade se apresentada por Bussunda & Cia.


São casos como estes que acirram minha discussão com os amigos e, principalmente, com o editor do Baguete. Acho este nome de minha coluna, Telemania, um tanto impróprio para meu caso. Sugiro a mudança imediata para Telemanóia. Mas sem prejuízo da legião de admiradores que me tem em seus bookmarks.

O único sotaque baiano que ouvi nestes dias foi o da fotógrafa que eu mesma levei.

E como o que está escrito lá embaixo, em minha apresentação, não é bobagem... passei a última semana em Barreiras, no oeste baiano, cerrado nacional. No avião que me levou até lá fui pensando em um assunto que recentemente ganhou as páginas da Folha de São Paulo: o suposto sotaque nordestino cometido pelas telenovelas brasileiras. Então imaginei que poderia constatar "in loco" a propriedade, ou não, das críticas lidas.


Hahaha!!! O único sotaque baiano que ouvi nestes dias foi o da fotógrafa que eu mesma levei. Uma baiana renegada que vive há anos em São Paulo. Naquelas paragens só tinha gaúcho.


Já que nas ruas não via baiano mesmo, e como não sou um tipo que desiste facilmente, liguei a TV em busca do famoso arrastado da terra de Caymmi. Zapping pra lá e pra cá... surpresa!! Enquanto as telenovelas do sudeste imitam o sotaque baiano - e nordestino de um modo geral - as TVs de ACM e demais canais contratam repórteres e locutores de outras paragens para garantir a homogeneidade do falar brasileiro.


Os caras chiam mais que cariocas. Há muito pouco de baiano na TV baiana. Frustrei-me totalmente e nada posso falar sobre o sotaque nordestino das novelas. Em compensação, fica registrada a falta de personalidade das TVs regionais de um modo geral. Tenho ainda alguns registros a fazer. Um leitor de Belo Horizonte escreveu, reclamando que nenhuma emissora de canal aberto transmitiu o jogo entre Cruzeiro e Palmeiras. Sorte dele. Cruzeirense que é, provavelmente, iria se irritar com a provável parcialidade das narrações paulistas, se tivessem ocorrido.


E pra continuar no terreno das transmissões futebolísticas, adorei mais uma do Galvão Bueno. Dia desses, estava tudo preparado para começar a transmissão de um jogo que nem lembro qual era, quando entra no ar uma edição extra do telejornalismo. A repórter, então, contou que houve um deslizamento e que duas crianças foram soterradas. Encerrado o Plantão JN, volta o Bueno com a seguinte, lapidar e solidária frase: "então está bem... o time vai entrar com..."


Deve ser por coisas como esta que minha vizinha do andar de cima está assistindo a reprise de Pantanal. Sei disso porque escuto os inconfundíveis acordes de Almir Satter e Cia. A Manchete passa novamente, pela quarta ou quinta vez, seu maior sucesso. É a única novela cult da TV brasileira e, como seus similares cinematográficos, passa em uma "sala" que ninguém costuma freqüentar.


E por fim, já que não vi muita televisão nos últimos dias, aviso que o concurso lançado, há duas semanas, aqui nesta coluna (que dará um CD a quem acertar o maior número de atrações do especial de final de ano da Xuxa), perde feio para uma outra questão. Até o momento recebi mais mensagens corrigindo erro cometido do que apostas.


Naquela semana escrevi que o concurso teria validade até 31 de novembro, data que não existe. Recebi correções em número três vezes maior do que o de apostas. E lastimo informar que poucos terão chances já que um funcionário da Globo decidiu participar. Lasquei-me ao não estipular regras rigorosas.

Duas estréias amplamente anunciadas. Uma fica dentro do esperado, a outra só não frustra porque ter qualquer expectativa seria completo absurdo.

Duas estréias amplamente anunciadas. Uma fica dentro das expectativas, a outra só não frustra, porque ter qualquer expectativa em relação ao que a TV apresenta seria completo absurdo. Entram no ar "Pérola Negra", no SBT, e "Muvuca", na Globo.


A estréia que fica dentro das expectativas, minhas, é "Pérola Negra". A irmã mais velha de "Carrossel" e "Chiquititas". Definitivamente a emissora do Seo Sílvio gosta de um uniforme escolar.


Não vou entrar no mérito do roteiro. A estória gira em torno de duas moças que estudam juntas em um internato. Uma é rica e a outra não. A rica é ingênua, a remediada é esperta. A rica deixa-se envolver por um conquistador e engravida após sua primeira e única relação sexual. A remediada apóia-a. A rica praticamente não conhece sua família, exceção feita ao avô, único parente que a visita.


O avô morre e as duas colegas sofrem um acidente. Morre a rica e a amiga toma seu lugar. A partir daí, a morta segue na novela através de aparições angelicais. Precisa saber mais? Então ligue a televisão às 20 horas para acompanhar a novela.


Mas cuidado! A riqueza só está no núcleo dos grande empresários da novela, pois os cenários, a iluminação, a interpretação e a direção estão abaixo de qualquer crítica. O que vi da novela se resume a isto: uma câmera que só varia na altura, poupando travellings, contraplanos ou efeitos de profundidade; a mesma iluminação para cenas de internato ou de alcova; um cenário onde a tinta fresca e a madeira gritam; e Patrícia de Sabrit brigando para provar que é um pouquinho melhor que sua colega Vanusa Spindler - o que não significa muito.


"Pérola Negra" não é pior, porque tem a seu favor o fato de querer ser exatamente o que é: uma novela para a família brasileira. Seja lá o que isto represente e seja lá o que as pesquisas do SBT apontem como "a família brasileira". Com certeza não foi feita para mim, já que não sou exatamente um tipo muito família.


Agora... "Muvuca" é de lascar. O programa, anunciado com alarde pela emissora, é uma das coisas mais execráveis já transmitidas na TV brasileira. Duvido que o Sr. Roberto Marinho tenha poupado o núcleo de Guel Arraes de seus torpedos. A baixaria rola solta neste mergulho egocêntrico de Regina Casé.


Isto faz lembrar um antigo articulista do Folhateen, que sugeriu matar Regina com um tiro. O rapaz foi sumariamente afastado da Folha de São Paulo. É claro que ele não queria matar a atriz... e nem eu apoiaria uma idéia destas. Mas entendo, quando ele reclamava deste vício brasileiro de proteger a "turminha".


Regina Casé é fantástica. Excelente atriz, ótima comediante... só que não é porque é Regina Casé que tudo o que venha a fazer deva ser encarado como "moderno", "criativo" ou qualquer coisa positiva.


Levar Angélica para o banheiro e ocupar um bom espaço do programa conversando com a apresentadora sobre sua vida sexual, até não me causa espanto. Mas massacrar meus ouvidos com a repetição abusiva de expressões como "você deu no primeiro dia da viagem", "sua mãe sabia que você tinha dado" e afins... socorro!!!


A aparição do porto-alegrense Edu K. com seu grupo De Falla, foi a mais rica manifestação de decadência que já vi. Acho pouco provável que alguém tenha entendido qualquer coisa. Sequer os porto-alegrenses acostumados à figura pouco ortodoxa do cantor que, já aos quinze anos, (há uns 13 anos e quilos atrás) era exatamente assim como apareceu em "Muvuca".As cenas em que um grupo de candidatas a cozinheiras pica legumes e prepara claras em neve sob a avalanche de perguntas cretinas de Regina também seria dispensável. A artista indagava às pobres figurantes, com delicadeza comovente: "alguma vez você deu para o patrão"?


Ela não cansa e segue o festival de baixaria. O que poderia ser uma matéria (???) interessante sobre como escapar de estupros com aulas de jiu-jítsu-pegação virou em mais uma chanchada. Casé dizia para Gracie, o mestre, palavras bonitas como "deste jeito eu que vou currar você", "relaxa e goza" ou insinuava que um "estuprador" bonito como ele até daria para encarar.


Entra no ar então Cid Moreira. Se Regina Casé poupou o locutor, e o público, das inconveniências cometidas até então... foi o máximo que fez. Cid Moreira tentou ser sério, mas Regina só queria saber, se ele usava calças ou bermudas por baixo da bancada do Jornal Nacional. Gostemos ou não do locutor, ele provavelmente teria informações mais importantes a revelar.


A diferença fundamental entre "Pérola Negra" e "Muvuca" é que a equipe de Sílvio Santos provavelmente fez o melhor que pôde com seu orçamento. A equipe de "Muvuca" rasgou dinheiro em um programa que deverá ter vida curta ou profundas modificações. Lastimável.

Rico empresário assassinado... esposa adúltera... jovem injustamente acusado pelo crime... triângulos amorosos.... uma estranha sensação de já visto.

Rico empresário assassinado... esposa adúltera... jovem injustamente acusado pelo crime... triângulos amorosos.... uma estranha sensação de já visto. Estréia Labirinto, a nova minissérie de Gilberto Braga.


De tudo que vi o melhor é a dupla Fábio Assunção - Luana Piovani. Deu liga. No mais é tudo muito já visto e nem o reconhecido toque do autor, o melhor roteirista de novelas e afins, salva. Muito mais bacana foi assistir Lilian Wite Fibe quase explodindo em gargalhadas ao noticiar a última ação da Brigada Revolucionária da Padaria. Os ativistas do grupo ambientalista - não lembro de qual país - estouraram uma torta na cara de um político sem identificação com a causa.


Mais uma vez a realidade dá de dez na ficção em termos de comicidade.E falando em ficção... o episódio de quarta-feira de South Park, agora também na MTV, mostrava uma feira de ciências na escola de Kenny e sua turma. O experimento, premiado, dos meninos seria o cruzamento entre um elefante e um porco mas algo dá errado. Da estranha cruza nasce um porquinho com a cara... do professor. Tudo isto ao som de Elton John.


Não seria tão engraçado se no dia seguinte o noticiário não anunciasse experiências similares com humanos. Desta vez o bom gosto ficou melhor na ficção.


Passa na TV uma chamada para o programa dominical da Xuxa. Vejam só as atrações: Só Pra Contrariar, Zezé de Camargo & Luciano, Molejo etc. Original, não? A produção deve ter lutado muito para tê-los ao lado da Xuxa pois nunca aparecem nos musicais da Globo. Posso bem imaginar a dificuldade que foi convencê-los a cantar ali. Tsk, tsk, tsk.


E a Hebe em Porto Alegre? Que gracinha!!! Disse coisas tão originais sobre a terra gaúcha. Elogiou a beleza e a elegância das mulheres umas duas mil e quinhentas vezes. Apresentou a "eterna Miss Brasil" Ieda Maria Vargas. Deu toque sobre a hospitalidade gaúcha... e tchan tchan: homenageou a colônia italiana com Zizi Possi cantando algumas "canzones".


Isto me faz pensar que a TV volta e meia tem a faca e o queijo na mão para fugir do convencional mas, como não tem qualquer interesse real nisso, fica só na ameaça. Hebe simplesmente transferiu-se dos estúdios SBT de São Paulo para um teatro em Porto Alegre. Poderia ter levados bons convidados gaúchos ao programa mas não o fez... ou o fez muito timidamente.


É pura falta de imaginação mesmo. Em qualquer lugar deste país é fácil fazer um programa com apelo nacional, usando nomes locais. Porto Alegre, neste caso, teria Luiz Fernando Veríssimo, que na mesma semana lançava seu livro sobre a gula; os conhecidos atores Sílvia Pfeifer, José Lewgoy, Paulo José e até o "expressivo" Ricardo Machi, entre outros; músicos de qualquer gênero ou tendência... por aí vai. Um bando de "gracinhas".


E no mesmo canal, em outra noite, Jô Soares mais uma vez entrevista a ele, agora diante dos Titãs. Isto já se tornou um hábito. Sugiro que no final do ano Jô, ao invés da tradicional edição de cenas em que seus convidados esbarram no microfone, edite as cenas em que diz: "sem querer interromper e já interrompendo". Quem acertar quantas vezes ele disse isto no decorrer do ano ganhará um pacote com seus dois livros.


Aproveitando a idéia, lanço aqui um concurso. Mande um e-mail com suas apostas para atrações musicais do programa de encerramento da Xuxa neste ano. O leitor que mais acertar vai ganhar de brinde um CD de sua escolha. Serão consideradas válidas as mensagens que chegarem até o dia 30 de novembro.

Sentar em frente ao computador para escrever a coluna me coloca em meio a uma situação existencial absurdamente paradoxal, se me perdoam a rima (pobre, diga-se).

Sentar em frente ao computador para escrever a coluna do Baguete me coloca em meio a uma situação existencial absurdamente paradoxal, se me perdoam a rima (pobre, diga-se). Estou aqui escrevendo para cyber-leitores pouco após ter ligado para um entrevistado que não atendeu o telefonema pois, segundo seu filho, "estava no chiqueiro.


 Só não mergulho em um profundo processo de reflexão e auto-análise porque é sempre uma maravilha ver TV para depois deleitar-me comentando o que vem pelos cabos. Tiro então a botina Zebu e coloco minha melhor fantasia street-fashion para adentrar a urbe e cair na realidade... virtual... da televisão.


Começo pelo Domingão do Faustão. Não bastasse e tradicional preguiça dominical. Não fosse suficiente mais um feriadão chuvoso... agüentar o mal humor do Faustão é de doer. Há quem diga que já que não deixam a celebridade campinense levar o show do sushi pra TV, e nem permitem que fale palavrão, o rapaz teria assumido o estilo Garfield e agora passa o programa inteiro de mal humor, espinafrando os pobres contratados de sua emissora.


Quando tenta jogar um pouco de humor na tarde de domingo, ataca com "atrações cômicas" que não provocam risos sequer na claque profissional e amadora que porventura esteja na platéia. E de qualquer forma, entre um quadro e outro, mais grosserias e bufadas. Tudo quanto o brasileiro precisa nas poucas horas em que não é vítima do motorista do ônibus, da babada do chefe ou da cara do gerente do banco.


Mas até aí tudo bem. Faustão está ali porque quer e o estilo adotado deve ser criação própria. Pior aconteceu com Carla Vilhena e duvido que tenha sido opção da moça. Pergunta: qual o maior crime que uma jornalista bonita, de belo sorriso e voz, expressões carismáticas e ar que transmite credibilidade pode cometer contra sua própria carreira.


Eu diria que são dois: o primeiro seria sua transferência para um time concorrente da Globo onde em pouco tempo se queimaria por não poder contar com estrutura mínima para um bom trabalho ou onde caísse no total esquecimento. Já a segunda possibilidade que vislumbro é fatal: deixar-se levar pelo canto da sereia.


Pois foi o que aconteceu com Carla Vilhena. Vejam só a inversão de papéis no jornalismo da Globo. Glória Maria, destacada repórter, está na bancada do Fantástico, apresentando o programa ao lado de Pedro Bial sem qualquer brilhantismo. E Carla Vilhena, excelente apresentadora, está bancando a foca e fazendo reportagens que nada acrescentam a sua carreira.


Enquanto insistem em Glória-Maria-batata-quente no Fantástico, a bela Carla tenta ser foca da Globo. Há algo errado aí. Algum maldoso rabiscou o quadro de escalas para submeter Carla Vilhena a seus próprios e pobres textos, recheados dos chavões que é capaz de produzir a coitada.


A fórmula era tão simples... Glória na reportagem e Carla no Fantástico. Ou em qualquer lugar onde pudesse ler - com sua desenvoltura habitual - as notícias que ficam melhores em sua voz do que na da batata-quente.Mas vai ver estão querendo fritar a jornalista como fizeram com Mônica Waldwogel.


Isto é quase um caso de polícia... o que não é difícil na Globo, que adora um jaquetão de couro com pochete na cintura. Nunca vi tanta fixação por Delegado de Policia. Eles aparecem na telinha em proporção inversa do que deveriam aparecer aqui do lado de fora dela. Tem em Torre de Babel, tem em Meu Bem Querer, sempre rola um no Casseta e Planeta, com certeza vai aparecer um em Pecado Capital e Labirinto. Havia outro na reprise de As Noivas de Copacabana e em outra novela recentemente terminada o "mocinho" era um delegado que gostava da desmemoriada Cristiana Oliveira. E por aí vai... deve ser uma das profissões prediletas da Platinada e dos sonhos de 99% dos autores/diretores.


E termino tratando do meu quintalzinho mesmo. Aqui no Paraná, onde vivo, estávamos em plena campanha de vacinação contra sarampo. Isto mesmo. Aqui é primeiro mundo, dizem, mas tem estas perebas epidêmicas também. Feito o rápido interregno, vejam que interessante a campanha.


O Secretário de Estado da Saúde virou garoto-propaganda da tal campanha. Em que pese ser louvável a racionalização de custos - imagino que ele não tenha cobrado cachê - economizaram em roteirista. Estava tudo muito bem mas só esqueceu nosso coverboy de esclarecer certos detalhes. Coisa pouca, é claro.


As aparições do dublê de Carlos "Bombril" Moreno "apenas" não informaram se crianças e homens precisavam da vacina; que a vacina é tríplice e não apenas contra sarampo; que o vacinado fica temporariamente impedido de doar sangue ou engravidar; que grávidas não poderiam tomar a vacina; quais os sintomas do sarampo; e o que fazer se os sintomas surgirem.


Tudo bobagem e informação desnecessária. O roteiro do secretário,imagino, deve ter seguido o padrão informativo da campanha do TRE para os dois turnos das eleições. Altamente elucidativo.


Mais certo estava o homem em seu chiqueiro. Melhor porco que porcaria. Xiii... lá vem a crise novamente.

Depois que desmascararam o ignóbil roedor, cresce o movimento para retirar dos intervalos comerciais as propagandas de saunas, motéis, tele-sexo e afins.

Depois que desmascararam o ignóbil roedor, tornando público o já sabido por todos que não assistem o programa do Ratinho - que ele e/ou sua produção fabricam baixarias na TV - cresce agora o movimento para retirar dos intervalos comerciais as propagandas de saunas, motéis, tele-sexo e afins.


Estas propagandas, veiculadas em canal aberto, estariam extrapolando limites do decoro e chocando a família brasileira. Pior, alegam os defensores da extinção de tais anúncios, eles estariam impunemente expostos aos inocentes olhos infantis.


Por razões distintas, concordo plenamente com a campanha. Pessoalmente, os comerciais deste gênero me incomodam, pois são de péssimo conteúdo estético, muito mais do que moral.


Ocorre que beiram ao patético, da mesma forma que o Sexytime, programa erótico levado ao ar pelo Multishow (NET) de terças a sábados, às 00h30min. Vocês já viram isto? É muito engraçado. Um festival de caras e bocas, mulheres e homens feiosos, gemidos, fartura de seios e tórax e sensualidade escassa. Não creio que um autêntico voyer se sensibilize com eles. São tão ruins que, noite dessas, sintonizei no Multishow e minha febre de 39 graus, causada por forte gripe, passou imediatamente. Estranha reação ante um programa que promete "esquentar sua noite.


Muito melhor ver o Canal Brasil, inaugurado recentemente, e que passa filme nacional durante toda programação. Imaginem o que entra aí! De Didi Mocó a Darlene Glória nos áureos tempos. De Roberto Carlos em Ritmo de Aventura a Walter Hugo Khoury em ritmo de orgia. Filmes da época dourada da Boca do Lixo em profusão. Muito mais calientes que os outros.


E sempre resta a alternativa de justificar a audiência sob pretexto de prestigiar, patrioticamente, o cinema nacional.


EM TEMPO: Desvendado o mistério de Sandy & Júnior. Já se sabe porque a dupla, nos últimos tempos, é escalada para dez em cada dez musicais da Globo: os dois vão comandar um programa na emissora.