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Não acredito em karma, em destino, nos benefícios do sacrifício cristão e nem mesmo no imperativo categórico. Eu não acho que para realizar um sonho tenha que, necessariamente, atravessar o inferno ou subir o calvário com os joelhos em chagas.

Não acredito em karma, em destino, nos benefícios do sacrifício cristão e nem mesmo no imperativo categórico. Eu não acho que para realizar um sonho tenha que, necessariamente, atravessar o inferno ou subir o calvário com os joelhos em chagas.


Eu só quero o que me foi vendido ou dado. Jamais o roubado ou o injusto. Desejo que o combinado valha, tão somente. Que o e-mail esperado chegue, o prazo seja respeitado, a entrega seja ágil, o pagamento efetuado, a qualidade obedecida e que o dever cumprido não seja um acontecimento, mas praxe.


E quando isso não acontecer, adoraria a hombridade da justificativa honesta. Não quero brigar pelo óbvio, reclamar direitos e discutir contratos todos os dias. Mas  está difícil alcançar isso.


Eu quero a sorte de um amor tranquilo. Eu quero só eu e meu amor tranquilos.

... é muito "inho" pra um noticiário tão enfad"onho". Desde o Pan o assunto levantador não sai da mídia. queria ver se...


... é muito "inho" pra um noticiário tão enfad"onho". Desde o Pan o assunto levantador não sai da mídia. Queria ver a Globo dizer no Jornal Nacional que sua novela das 8 não tá com toda bola, que o autor deu piti no blog e agora "está de férias".


Queria ver o SBT colocar nas manchetes as tantas vezes que seus jornalistas foram demitidos em massa. Ou Paulo Henrique Amorim propagar que perdeu a ação que movia contra Veja e Diogo Mainardi.


A "demissão" de Ricardinho, mesmo quando o Brasil conquista o bi da Copa do Mundo de Vôlei, continua na manchete, no topo da página, mas a demissão e insucessos dos outros não. Ora bolas... se a seleção de vôlei é tema de interesse público, a novela das 8 também é. E tudo mais que tá na mídia também. Inclusive a própria mídia.


Parece que estão loucos pra jogar Bernardinho no sal. Loucos para que perca um campeonato importante.


Certo está Felipão, que ganhou uma e se mandou. Não ficou pra servir de alimento aos urubus.

Não quero defender a pirataria, mas acaba de me surgir um bom argumento para justificar o download de filmes. Argumento altamente inclusivo.


Meus pais têm 70 anos e gostam de cinema. Gostam de cinema europeu, sobretudo. São pessoas modernas, de certa forma. Converso com eles por e-mail (sabem até mandar arquivos anexos) e meu pai, pasmem, trabalha através da Internet.


Mas têm suas limitações, claro. Ambos encontram dificuldades para usar o scanner e baixar fotos da câmara digital para o PC.  Normal, creio. Olho ao redor e percebo que a maioria das pessoas com a idade deles sequer sabe utilizar o caixa eletrônico.


Da mesma forma meus pais, que lidavam bem com o videocassete, não conseguem utilizar o DVD, o que é altamente compreensível. Assistir a um filme em DVD compreende uma série de ações complicadas. Ligar o aparelho, passar para o canal da linha específica, colocar o filme, selecionar idioma, selecionar legenda... não é fácil mesmo.


Bem... isso se quiserem ser honestos. Se quiserem apenas ver filmes há uma opção mais simples. Comprar um aparelho que leia Divx e filmes com legendas embutidas. Enfia lá no DVD e está pronto pra assistir.


Quem vai culpá-los por isso?

A Folha de São Paulo do último domingo saiu com 144 páginas, 52 delas com anúncios de imóveis, sendo que apenas UM mostrando a planta do apartamento. Os demais traziam os jardins, as piscina e quadras, os espaços de lazer... tudo menos o imóvel em si.




Ao meu pai, Victor Hugo Ribeiro, autor do Manual de Clube e Associações, especialista na elaboração de estatutos e regimentos de clubes, associações, fundações, ONGs, sindicatos e condomínios.

A Folha de São Paulo do último domingo saiu com 144 páginas. Destas, 52 eram anúncios de página inteira de imóveis (alguns eram de página dupla). De todos estes anúncios, apenas UM trazia a planta do apartamento, os demais mostravam os jardins, as piscina e quadras, os espaços de lazer... tudo menos o imóvel em si. Não é mais o tamanho do quarto ou da sala o que importa, o que vende é um conceito de qualidade de vida e segurança.


Se quer saber, hoje existem prédios com a mais inusitada diversidade de opções. Vi oferta de condomínio com "Garage Band", para ensaios de grupos musicais, e até uma tal de "Tenda Zen", que imagino ser um espaço para ioga ou meditação. Espaço Gourmet, Brinquedoteca, sauna, piscina, Espaço da Mulher, teatro, cinema... tem de tudo.

 

Isso comprova aquilo que já sabemos, que as pessoas estão trazendo para dentro de casa a recreação, colaborando para a derrocada efetiva dos clubes sociais e esportivos. Se observarmos pelo prisma da segurança e da qualidade de vida, não vejo maiores problemas. Mas por outro lado... um vizinho quebra a perna do outro no futebol e ainda têm que dividir elevador? Os pais brigam na "pracinha" e mesmo assim têm que se encarar? Seria perfeito, não fosse o mundo composto por humanos.

 

Mas vamos pensar no cotidiano de uma vida no novo condomínio que se apresenta. Como barrar a entrada neste "clube", do condômino inadimplente? O cara não paga o condomínio mas ainda assim se deleita na sauna, piscina e faz festinha? Sim, pois imagino que não se possa impedir um sujeito de fazer o que quiser "em casa".

 

Vejo aí um nicho que cresce e que em breve começará a ter muitos problemas. Cuidado.

...coloco aqui uma cópia da carta enviada hoje para a ouvidoria da Unimed Curitiba. Pra conseguir liberação de um exame tenho que ir lá. E se não puder andar? E se ficar sozinha?


Curitiba, 26 de novembro de 2007.


 


 


Ouvidoria


Unimed Ctba


 


Hoje pela manhã registrei meu descontentamento com serviços Unimed (protocolo 144XXX) mas ainda assim quero relatar a esta ouvidoria o que penso sobre o fato que muito me desgostou.


 


O médico ortopedista Dr. Joaquim Couvinhas solicitou que eu realizasse exame de ressonância (Cód. Procedimento 3601015-4) e quando solicitei por telefone a liberação do mesmo me foi informado que isso só seria possível através de pedido feito no balcão, não por  telefone.


 


Sobre isso considero:


 



  1. a Unimed não confia que eu seja a pessoa que fará o exame, mesmo me tendo como usuária privada desde 1996 e anteriormente através de plano da Emater-PR?

  2. A Unimed não confia no médico que prescreveu tal exame?

  3. A Unimed entende que todas as pessoas tenham alguém para enviar até sua sede para a obtenção de tal autorização no caso de impossibilidade de locomoção de seu usuário? Para a Unimed não existem solitários no mundo? Neste caso esta pessoa faz o que? Paga para o porteiro do prédio ir até aí?

  4. Se uma terceira pessoa pode retirar a autorização, porque não pode a própria por telefone, fax ou e-mail? A presença física na sede, para mim, só se justificaria se fosse para atestar a identidade ou para exames de triagem, o que não é o caso.

Este fato me deixou profundamente preocupada. Em alguns momentos já fiz malabarismos para manter meu plano de saúde em dia, na esperança de estar efetivamente segurada para o fácil acesso aos procedimentos necessários nos momentos de fragilidade física e a conseqüente tensão emocional que isso gera.


 


Em tempos de comunicação instantânea, de certificação digital e da costumização de serviços, me sinto parte de uma instituição arcaica e pouco interessada em tornar nossa relação mais proveitosa para ambas.


 


Me vejo apenas como a usuária nº 0 0XX2 00000XXXXXXX X. Aquela que todo dia  15 de cada mês paga sua fatura sob a ameaça de suspensão do atendimento, juros, multas etc. 


 


Lastimável,


 


Márcia Mendes Ribeiro

Um "sumiu" e reapareceu. Outro está mais em evidência que qualquer um. Francis Ford Coppola e Roger Federer me animam.


Francis Ford Coppola


10 anos de "O homem que fazia chover", 15 anos de "Drácula de Bram Stoker", 20 anos de "Jardins de Pedra", 28 anos de "Apocalipse Now" e 35 anos do primeiro "O Poderoso Chefão". Alguém aí acha que eu senti falta dele? Senti sim. Senti falta até do Francis Ford Coppola menos genial (como se isso fosse possível) de "Peggy Sue".


Ainda tenho claro na memória o entardecer em que entrei sozinha no cinema Bristol, na Porto alegre dos 80´s, para assistir e me acabar chorando com "The Outsiders", um dos filmes que mais me emocionaram na vida, crônica perfeita das impossibilidades, baseada na obra da escritora então completamentamente em moda Susan E. Hinton, com quem Coppola também se associaria para "Rumble Fish", outro espetáculo de filme (a clássica sequência do aquário colorido no cenário P&B).


Todo este tempo depois e ele volta a filmar. E mais! Promete um filme por ano. Mal vejo a hora de assistir "Youth Without Youth", nova imersão de Coppola no universáo literário, desta vez no conto do escritor romeno Mircea Eliade.


Outro que me preenche os olhos, não nas telas mas sim nas quadras de tênis, é Roger Federer. Ele é tão bom, tão bom, que está em voga torcer contra ele. Falar mal dele. Jogar urucubaca nele. Criticam porque pagou 700 dólares para cortar o cabelo, porque namora a gordinha Mirka Vavrinec, porque anda pra cima e pra baixo com Anne Wintour (A Diabo Veste Prada em pessoa), porque não vibra em quadra... enfim... não suportam mais ver Federer vencer.


Federer, Mirka e Anne


Eu não! Reconheço a beleza de uma partida equilibrada e disputada, mas já que a extrema superioridade de Federer não permite isso com frequência, deleito-me vendo a encarnação do que pode ser o mais próximo da perfeição em tênis. Se alguém criasse um manual virtual dos fundamentos do tênis, precisaria muito pouco efeito para melhorar as jogadas de Federer. Ele é o manual. E eu gosto dele porque eu gosto de tênis.


Isso sem falar que ele é um dos raros esportistas da  atualidade que sabem trajar algo além de uma bermuda ou agasalho. Em quadra ou fora dela.

Se existissem, de fato, obviedades... elas não precisariam ser ditas. Mas há 15 anos se fala em vírus nos PCs e ainda vejo pessoas inteligentes caírem nestas ciladas. Vamos então a algumas obviedades.


A principal obviedade, repetida ad nauseum, sobre proteção antivírus é aquela que diz que qualquer programa serve, desde que atualizado. Não adianta comprar a última edição super-hiper-pimp do Norton e deixá-la sem as últimas atualizações. 


Ainda assim há quem deixe seu PC infectar-se apesar de ter um bom e atualizado software. "Mas eu sempre atualizo meu AVG", dizem com cara embasbacada.


A estes segue a máxima de minha autoria: "não adianta antivírus bom em PC de gente curiosa". E é aqui que vão as dicas mais quentes para a proteção dos PCs.



  1. Dinheiro fácil não vem pela net. Se isso fosse possível o repassador ficaria com tudo pra ele.

  2. Mulher bonita, gostosa e rica não vem pela net. Acha mesmo que a Anna Kurnikova vai dar este mole?

  3. Cobrança não vem pela net, vem através de correspondência do Serasa ou do Oficial de Justiça.

  4. Que mente doentia espalha fotos de catástrofes pela net? Se você quer mesmo participar disso então merece cada vírus, malware ou trojan que infectar seu PC.

  5. Fotos da traição do seu amado/a? Interessante que estas costumam chegar naquele Hotmail que você nunca fornece para as pessoas e que você tem ainda do tempo em que era necessário isso para poder acessar ao Messenger. Impressionante como eles não apenas sabem que você é a luludapomeraniax%$@hotmail.com como quem é seu namorado/a. Um fenômeno isso.

  6. Fotos da turma da faculdade ou de uma festa? Estranho que elas sempre estão escondidas em servidores de nomes estranhos, nunca estão num Yahoo, Windows Live... ficam em qualquer lugar .ru ou similar. Ou então trazem extensões bacanas como .scr, .exe, .zip... 

E por aí vai.


Gente, pela última vez... curiosidade mata.

Amiga industriária conta qual a diferença entre o produto consumido no mercado japonês e o produto japonês para exportação.

Mafalda - Quino


Noite passada conversava com uma amiga que vive no Japão. Uma das milhares de nisseis, sanseis e yonseis que foram pra lá em busca de trabalho e melhores condições de vida e que agora está apavorada com a real possibilidade de perder seu emprego para os chineses.


Minha amiga "Japa Girl" contou coisas de arrepiar o cabelo. De fazer com que eu olhe para meus "brinquedinhos eletrônicos" e tenha sentimentos muito diversificados. Nefastos, em geral.


Contou-me ela que a indústria para a qual trabalha, que produz celulares, foi vendida e que é possível que passe a importar ainda mais componentes da China. E começou a falar sobre o que isso pode representar. "Agora estou em um setor que revisa as peças que vêm da China e que são usadas em produtos que abastecem o mercado interno (Japonês). Você precisa ver a quantidade de peças com defeito, um horror... mas eles falam que ainda compensa fazer lá e trazer para a segunda revisão. que passar por novo controle de qualidade ainda sai mais barato que pagar mão de obra local".


E pra piorar ainda mais, falou: "o que me assusta é que pra exportação sai tudo direto de lá. O que revisamos aqui é só pra consumo interno. Você imagina a caca que vai para os outros países? É por isso que aqui já não compramos nada chinês, nem mesmo produtos modelo exportação, pois a maioria é chinesa".


Olha, se isso que minha amiga falou é verdade, e acredito nela e em todo seu conhecimento de operária que atua diretamente em grandes indústrias japonesas há alguns anos, estamos ferrados. De onde saem os componentes das nossas máquinas fotográficas Canon, Nikon, Sony etc? As placas do PC em que escrevo agora? Enfim, tudo o que me cerca vem de onde?


Não posso acreditar que toda esta conversa da Japa seria fruto do seu pânico de perder o emprego. Ainda mais depois que amanhece e, ao abrir a porta, vejo meu jornalzinho diário parado ali na minha porta com manchete estampando notícia sobre a descoberta da adição de GHB, o "ecstasy líquido" nos brinquedos Bindeez, comercializados no Brasil mas fabricados na China. Este produto, segundo autoridades norte-americanas, teria "chapado" criancinhas por lá. Isso depois dos diversos "recalls" de brinquedos fabricados na China este ano (bonecos Polly e Batman, brinquedos da Fisher-Price etc).


Sério mesmo. Vivemos a era do barato. Produtos baratos... vidas baratas.


Made in China, Paraguai ou fundo de quintal?


Tristes escolhas as nossas.

Tenho acompanhado sem qualquer paixão situações criadas a partir do lançamento do filme Tropa de Elite. Achei o filme legal. Nem melhor e nem pior que centenas de similares norte-americanos, com a "vantagem"de, cá pra nós, em matéria de sordidez ambiental termos matéria-prima muito melhor acabada por aqui. Mas a pirataria do filme, este assunto eu gosto mesmo.

Com o episódio Tropa de Elite, de uma hora para outra o país resolveu debater a pirataria, assunto que antes era muito pontual. Até os amigos trazem o tema à tona, manifestando seu amor às artes comprando ingressos para ver o filme mesmo que já o tenham assistido em cópia pirata. Culpa cristã, diria eu. Neste campo tenho ouvido coisas interessantes: "ah, piratear filme nacional é sacanagem. Os outros tudo bem". Como assim? Roubar do Walter Salles não pode, roubar do Lars Von Trier ok?

Entendi... é a mesma  lógica que levou centenas de brasileiros a acusarem Luciano Hulk por usar um Rolex, o que num país com tantas mazelas sociais justificaria o roubo do adereço. Roubar de rico tudo bem, seja um filme ou um Rolex.

Esta mesma lógica explica que se pirateie Windows. "Ah, é muito caro", "monopólio" etc. E pior, que até se institucionalize a pirataria, como aconteceu com os medicamentos genéricos. Por uma "boa causa" a propriedade intelectual dos laboratórios, que investem milhões em pesquisas foi totalmente jogada para o lixo. E como todos acham isso correto, posso fazer a seguinte ilação: a propriedade intelectual de uma indústria vale menos que a de um cineasta, cantor ou de qualquer outro artista que tenha seu trabalho distribuido de forma "alternativa". Mais uma vez a defesa do coitadinho.

Para ambos, artistas e grandes indústrias, continuarem criando e desenvolvendo novos produtos, é preciso dinheiro. E sinceramente, sai mais barato fazer uma música do que chegar à fórmula do Arcoxia, remédio que revolucionou o tratamento da artrose e que garante qualidade de vida a milhões de pessoas no mundo inteiro. "Ah, mas o músico é coitadinho". Tá bom.

Pirataria de qualquer coisa, por enquanto, é roubo sim, não importa a motivação. Mas, e há sem muitos "mases" em tudo nesta vida, há coisas que são inexoráveis. A indústria que hoje reclama da pirataria de filmes e música, por exemplo, não é ela mesma a responsável pela criação dos elementos que formam o cenário perfeito para as supostas falcatruas? Sempre cito estes dois exemplos a Sony e o tal do valor agregado dos marqueteiros.

A Sony produz aparelhos de gravação de CDs e DVDs.  Produz tocadores de MP3 também. Paradoxalmente, a Sony é também gravadora-produtora de músicas, filmes e seriados que, por certo, não gosta de ver copiados. Fica uma coisa bem esquizofrênica. "Olha, compra aqui meu gravador mas, por favor, só o use com os produtos dos outros, tá. Com o meu não".

Já os marqueteiros, não são eles mesmos que dizem que hoje em dia todos os produtos são iguais e que o que faz a diferença entre um e outro é o valor agregado e a percepção que o consumidor tem deles? E que por isso investem tanto em construção da marca, o tal branding? Oras, se são tão conhecedores da natureza humana para criarem marcas tão cobiçáveis... como não imaginar que as pessoas matarão por aquilo? Há algo de hipócrita no ar.

Concordar ou não com a pirataria, e defesa para um ou outro sempre há, é portanto, ao meu ver, irrelevante. Não há como conter seu avanço a não ser através da mudança dos modelos de cada um dos negócios reclamadamente prejudicados.

A industria da música já definiu que as gravadoras virarão agentes de shows e que os músicos vão ganhar dinheiro em espetáculos, já que não há como conter a distribuição de seus registros (gravações) na internet. A indústria do software tem a alternativa Linux e mesmo a Microsoft começa a perceber que não há como conter o avanço da pirataria enquanto não baixar os preços. Na Tailândia (??) já existe uma versão Windows bem mais barata e por aqui o Office para estudantes virou  Office "doméstico", com direito de uso em 3 computadores a menos de R$ 400. Parece que em breve rodará diretamente na net, como já faz o Google com uma suíte de escritório muito eficiente.

O setor de vestuário se vira lançando novas modas em ritmo frenético. O tênis Puma de outubro é bem diferente do de julho, o que deixa evidente que aquele modelo "ultrapassado" só pode ser de camelô. Os grandes laboratórios não sei o que fazem. Investem em marca e se custeiam cada um com sua meia dúzia de produtos top of mind, suponho.

A TV... bem... sugiro que Warner, Sony, HBO e afins passem a transmitir seus programas simultaneamente em todo mundo. Do jeito que está é duro combater a pirataria. Na última segunda-feira o Showtime tramsmitiu para os Estados Unidos o 11º episódio da terceira temporada do seriado Weeds. No Brasil está anunciado o início da mesma temporada somente em novembro. Detalhe, no dia seguinte à transmissão norte-americana o episódio já estava na net. E dois dias depois estava na net com legendas. Nem a Herbert Richards é tão eficiente.

Concluindo, não basta apelar para a consciência do público para conter a pirataria. É preciso adequar-se a ela quando não houver jeito, e superá-la, quando ainda for possível, com qualidade, agilidade e preço.

Luta árdua, pois. E seguramente mais de inteligência e estratégia do que policialesca.

Não coloco link direto para comentários dos post aqui publicados porque se estivesse interessada em debate criaria um fórum e não um blog. Ainda assim surgem alguns leitores que se acham no direito de comentar o que escrevo e me enviam mensagens. E efetivamente têm este direito sim. Mas aí eu me sinto no dever de responder.


Não coloco link direto para comentários dos post aqui publicados porque se estivesse  interessada em debate criaria um fórum e não um blog.  Ainda assim surgem alguns leitores que se acham no direito de comentar o que escrevo e me enviam mensagens. E efetivamente têm este direito sim.


Ao último leitor que teve esta disposição, alguns esclarecimentos sobre o que comenta a respeito do post Criatividade e loucura.  Vamos lá:


"Olá Marcia casualmente li o teu post de hoje, e cheguei a conclusão de que tu és bem caretinha"...


Você pode ter chegado a ele casualmente mas o leu porque quis. Ninguém lê coisa alguma com mais de 2 linhas "casualmente". E sobre eu ser "caretinha", seguramente isso depende do ponto de vista. Meu vizinho adolescente que sai toda noite "pra noite" e que se entope de ecstasy, me acha uma freira reacionária. Já meu tio coronel da aeronáutica acha que meus pais criaram uma libertina incontrolável. Ângulos, meu caro... ângulos.


..."Deve ter feito faculdade, casado e ter filhos. Em suma deves ser uma dona de casa preocupada com a saúde dos filhinhos e marido. Transar uma, duas vezes por semana e achar a vidinha maravilhosa"...


Fiz faculdade, especialização e MBA. Você abomina quem faz curso superior? Ao longo da vida aprendi muito por ser pessoa aberta ao conhecimento acadêmico ou não. Me orgulho de cada ano que passei na escola e procuro honrá-los. Da mesma forma aprendi com  livros, cinema e viagens... todos pagos com o resultado de um trabalho muito "careta", conquistado através da sólida formação que você parece não valorizar.


Casei três vezes e não tenho filhos. Me preocupo com  MINHA saúde, sobretudo mental, por acreditar que desequilibrados são capazes de produzir doenças terríveis. Dentre estes cuidados, esteja certo, está uma vida sexual saudável. Não entendi se você acha bom ou ruim, pouco ou muito, transar uma, duas ou três vezes por semana. E finalmente, sim, acho a vida maravilhosa, tanto que a preservo, ao contrário da personagem que você defende e que eu acho um otário que por coincidência tem seu nome. Acho a vida tão maravilhosa que procuro aproveitar tudinho de cabeça limpa, sóbria. "De cara". 


..."Tua passagem pelo Cio da Terra deve ter sido uma experiência de cocotinha. (não lembro de tua banda ou tu tocando lá). Pena ter desencanado do teu amigo, ele sim viveu a vida, foi louco como os personagens da literatura que ele verdadeiramente amava. Pode ter sido um idiota, mas viveu e foi de verdade"...


Claro que foi uma experiência de cocotinha. Eu cantava como lazer, junto a minha turma da faculdade. Em que pese ter o maior respeito por todos que seguem uma carreira artística, este nunca foi meu intuito e vocação. E sobre ter desencanado do meu amigo, não me arrependo. É que todas minhas tentativas foram vãs. O casaco que dei para ele se aquecer no frio inverno de Porto Alegre no fim da noite foi trocado por duas trouxinhas de maconha. Um blusão emprestado com para o mesmo fim foi entregue a um michê que o cara achou bonitinho. Tem jeito pra um tipo assim? Isso é meu amigo? Eu lá preciso trabalhar (ou na época meu pai) pra sustentar aventuras alheias?


By the way... como assim "viveu e foi de verdade"? Somente aqueles que se entregam ao desvario vivem "de verdade" e o resto da humanidade não passa de ectoplasma, ilusão de ótica? Só existe verdade na lama? No sofrimento, no basfond?


Você deve ser do tipo que acha que Luciano Huck não tinha nada que andar de Rolex e que mereceu ser assaltado. Eu não.  Acho legal Jean Genet nas páginas dos livros, na minha casa eu quero gente de bem. E que não faça merda.