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Copa de 2014 muda minha participação no mundo. Eu que nada deixaria, enterrarei em Curitiba o pouco de paciência que ainda me resta. Vai ser dado início às obras do metrô.

Não tenho filhos e nem obra que fique para a posteridade. Sempre me vi como uma pessoa sem legado. Isto jamais me trouxe qualquer tipo de problema, afirmo. Estou mais para Machado de Assis que para Pedro Bloch. Mas isso mudou. Independente de minha vontade e aprovação, mudou. A aceitação de Curitiba como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 fará de mim uma partícipe do futuro.


Explico: com a Copa não haverá jeito de impedir a construção do metrô aqui na Cidade. Calma, calma, calma. Eu não sou contra metrôs. Ao contrário. Acho civilizadérrimo. Um luxo. Eu odeio a idéia de VIVER em uma cidade durante a construção do seu metrô. E é por isso que as futuras gerações terão que agradecer minha paciência e auto-controle. Não serei eu a boicotar de alguma forma tal obra mas sei que isso exigirá meu melhor.


Porque não basta a buraqueira na cidade. Não. Ela iniciará no meu bairro. No terminal do Santa Cândida. Serão 22 quilômetros de inferno entre os terminais Santa Cândida e CIC Sul, 19 deles subterrâneos e alguma elevação. Isso sem esquecer pátios de estacionamento, Centro de Controle Operacional, Centro de Manutenção e respectivos acessos especiais para os veículos do metrô. Na parte inicial do projeto teremos 21 estações de embarque e desembarque ao longo da linha, com distância média de mil metros entre elas. Vale dizer: a cada quilometro um cavernão imenso, poeirento e barulhento.


Eu que achava o Festival de Teatro experiência suficientemente exasparente, vou agora me submeter a este teste supremo de tolerância.


Exijo que a cada estação a prefeitura faça painéis com fotografias dos habitantes daquela área. Aquelas montagens com fotinhos que formam imagens maiores. Uma homenagem a quem literalmente estará pagando para se incomodar.

Ainda que eu não me disponha a assistir as aparições da menina Maisa no abominável programa do Silvio Santos... tenho 4 pequenas observações a fazer, ainda que tardiamente.


Estranho como até pessoas aparentemente inteligentes se deixam envolver por armadilhas midiáticas sem qualquer qualidade e de caráter abjeto. Volta e meia encontro pessoas que mencionam as participações da menina Maisa no programa do Silvio Santos. Na semana passada ouvi alguém qualificando como "engraçado" um mesmo fato comentado por Bia Abramo, em sua coluna na Folha de São Paulo do último sábado. Alguns trechos do que Bia escreveu e, ao final, meus breves comentários:



"Ela chama o patrão de lado e tenta fazer um pedido. Ele replica: "Você está com medo?"; "Alguém te bateu?". Ela fica paralisada, faz bico, começa a chorar. SS, então, chama um menino, pouca coisa maior do que a "pequena petiz". O menino, um certo Daniel, está com uma maquiagem de "monstro", assustadora -pelo menos para Maisa, que sai correndo, apavorada".


"SS tripudia: "Ela é muito engraçada!"; "Essa Maisa não tem mais jeito", enquanto a menina grita histérica ("Não quero!!"), sai correndo do palco".


"Depois, as colegas de trabalho, instadas por SS, berram: "Amarelou! Amarelou!". Ele a chama de volta ("Ela foi embora e não quer voltar (...). Ela vai ganhar sem trabalhar?")".


"SS pega a menina no colo: "Tadinha, vem cá, meu amor". Dura pouco: na frase seguinte, ele está chamando Maisa de "cagona"".


Quem quiser ver parte da cena grotesca... aí está (por motivo meramente ilustrativo)



Agora minhas considerações sobre os motivos deste absurdo:


1. Maisa é vítima de uma família negligente, gananciosa ou vaidosa. Escolham;


2. Maisa é vítima de empresário e mídia perversos;


3. Maisa é vítima de um poder público omisso (cadê Juizado da Infância e da Juventude, Ministério Público e Conselho Tutelar?); e, finalmente,


4. Maisa é vítima de um público sádico.


Inaceitável!

Minha amiga e colega Juliana caiu no estacionamento do Mercado Municipal de Curitiba. Uma queda grave, daquelas que deixam os pés virados para trás, como os do Curupira, e os joelhos ardendo no chão. Ao lado dela, que estava imóvel, estabacada, uma mulher a tudo via impassível, confortavelmente sentada em seu automóvel. Assim ficou Juliana até que finalmente sua mãe apareceu e, vendo a cena, ficou inconsolada com a atitude da tal mulher.


Minha amiga e colega Juliana caiu no estacionamento do Mercado Municipal de Curitiba. Uma queda grave, daquelas que deixam os pés virados para trás, como os do Curupira, e os joelhos ardendo no chão. Ao lado dela, que estava imóvel, estabacada, uma mulher a tudo via impassível, confortavelmente sentada em seu automóvel. Assim ficou Juliana até que finalmente sua mãe apareceu e, vendo a cena, ficou inconsolável com a (falta de)atitude da tal mulher.


Tenho pensado muito nisso e praticado outro tanto. A solidariedade. A tolerância. O trânsito sempre nos oferece oportunidade para ambos, para pensarmos e praticarmos a solidariedade. Aliás, se não o fizermos, do jeito que a coisa vai estaremos em uma selva rapidamente. Por isso eu sempre deixo um carro entrar na frente do meu em um cruzamento. Sempre entendo o pedido de espaço de um que precise mudar de pista. Estes pequenos atos, tenho certeza, melhoram a vida de todos.


Ainda assim fiquei pensando no fato narrado por Juliana. Como culpar esta mulher sem a certeza da sua má intenção? Como bem diz a campanha de prevenção ao HIV, "quem vê cara não vê AIDS". As notícias não ajudam no sentido de termos a certeza de que aquela adorável mocinha não seria, isso sim, uma farsante fingindo queda. E quem garante àquela mulher que Juliana não estaria apenas preparando terreno para um seu comparsa atacar a generosa senhora tão logo saltasse do carro para auxiliar a ferida? Mais um sequestro relâmpago destes que ocorrem aos borbotões nas grandes cidades.


Tudo isso é estranho. Não sou saudosista mas lembro quando minha família, nos anos 70, entrava na "Freway" (estrada que liga Porto Alegre aos balneários do litoral norte do Rio Grande do Sul) e víamos uma fila de meninos pedindo carona para a praia. E mais, parávamos para carregar um ou dois mochileiros barbudinhos.


E não lembro de termos feito isso com medo. O "pior" que aconteceu nestas aventuras foi certa vez termos dado carona a um menino compeletamente gago. Conversar com ele era bem difícil. Hoje isto seria uma total irresponsabilidade. Imaginem dar carona para desconhecidos colhidos à beira da estrada.


Pensando assim dá para conceder o benefício da dúvida à personagem do "caso Juliana". Mas seja por medo ou por indiferença que não recebeu ajuda, é triste ver o ponto a que chegamos. E  de qualquer forma a falta de socorro não se justifica em tempos de celular. Se não quisesse levantar e socorrer pessoalmente, acionasse ajuda por telefone. A civilidade estaria preservada.

Eu quero um homem das antigas. Não precisa mandar flores e não precisa pagar conta. Não precisa sequer ter um relacionamento comigo. Eu quero um homem que seja curioso sobre as coisas de... homem.

Estou absurdamente precisada de um homem. Um homem ao estilo clássico, entenda-se. Hoje sou cercada por homens de todos os tipos. Homem especialista em répteis, homens com toque de midas para transformar trabalho em fortuna, homens profundamente conhecedores de sutilezas de todo tipo: processo civil, extinção de caxetais, novas tecnologias construtivas, mapeamento de DNA... sou cercada por homens que conhecem muito mais de moda, design e makeup que eu. Não é este tipo de homem que eu quero no momento.

Também não estou em busca de um homem bom de pegada pois isso é fácil, não precisa conhecimento, bastam bons instintos. Posso apostar que acerto em um máximo de cinco tentativas.

Eu quero um homem das antigas. Não precisa mandar flores e não precisa pagar conta. Não precisa sequer ter um relacionamento comigo. Eu quero um homem que seja curioso sobre as coisas de... homem.

Um cara que saia comigo de carro e diga que o barulho vem da direção hidráulica e não me faça perder tempo mexendo no ar-condicionado, como recentemente ocorreu. Ele não precisa arrumar mas se me disser isso eu vou na oficina e mando fazer. Eu preciso urgentemente de um homem que veja o estrago que a chuva causou no meu telhado há uma semana e diagnostique a causa com perfeição. Eu chamo o encanador, o calheiro, chamo o diabo e pago pra que siga as ordens dele.

Nunca pensei que um dia diria isso mas eu anseio por um homem que me diga o que fazer. Ele não precisa por a mão na massa e nem na Márcia.

Estou farta de jardineiros que não jardinam, engenheiros que não "engenheiram", encanadores que não encanam, pintores que não pintam e pedreiros que não pedreiram.

E como não sou preconceituosa, se o homem que eu preciso for uma mulher, que venha.

A última vez que liguei a cobrar para alguém foi há pelo menos 25 anos. Era estudante em Porto Alegre e meus pais moravam longe. Verba de estudante, vocês sabem, é mínima. Felizmente depois desta época nunca mais fui pobre o suficiente para recorrer a tal artifício. Nem de dinheiro e muito menos de espírito.


A última vez que liguei a cobrar para alguém foi há pelo menos 25 anos. Era estudante em Porto Alegre e meus pais moravam no interior do Paraná. Verba de estudante, vocês sabem, é mínima, e aos 18 anos você tem trezentas coisas melhores a fazer com 5 reais que ligar para seus pais, reconheçamos. Depois disso nunca mais. Felizmente nunca fui pobre o suficiente para recorrer a tal artifício. Nem de dinheiro e muito menos de espírito.


Já acho um horror gente que chega na casa dos outros pedindo para usar o telefone "que sai mais barato" do que ligar do celular. Claro que sai mais barato. Sobretudo porque não é ele, o pedinte, quem paga. Para ele sai grátis. E não é pelo dinheiro que reclamo pois não sou sovina. É a postura de aproveitamento que me irrita profundamente.


Mas como tudo sempre pode ser pior, inventaram agora o tal de "torpedo a cobrar". Torpedo já é quase insuportável. Raramente transporta mensagem de meu interesse. Torpedo só é útil para dar Feliz Aniversário a pessoas as quais não pega bem esquecer... mas que não chegam a motivar um telefonema. Simples, burocrático mas eficiente. Ninguém poderá reclamar esquecimento.


Com o torpedo a cobrar o inconveniente será redobrado. Não bastam todo spam, todo telemarketing e todo rastreamento possível, agora teremos que aguentar alguém enviando mensagens que com certeza não precisamos.


Ninguém acredita que um torpedo a cobrar traga notícia de que ganhamos uma herança inesperada, que o cliente assinou seu contrato grandioso ou que o headhunter achou o emprego dos seus sonhos (ele cobra tanto que o torpedo está incluído  no pacote).


E um amor... bem... vamos ser realistas. Você não precisa encontrar um amor milionário mas que ao menos pague seu telefone, não?

Mídia trata a Páscoa como um feriado de devoção para todos. Para muitos é apenas um feriado. E estão ambos certos, só não dá pra um fingir que o outro não existe.


Um dos maiores problemas do ser humano é acreditar que aquilo que ele faz, ou que a maioria faz, é senso comum. Hoje o telejornal do meio-dia, da RPC (Globo/Curitiba) trouxe uma matéria na qual a repórter sei-lá-qual diz que hoje é dia de orar e mais coisas do gênero. Fala como se cada brasileiro estivesse rezando consternado pelo sacrifício de Jesus. Logo em seguida entrevista um padre que reforça a suposta unanimidade.


Na boa... hoje é dia de orar para quem, cara pálida? O fato de vivermos em um país de maioria cristã não implica necessariamente em uma simplificação sugerindo que TODOS hoje estão orando. Nada contra quem ora, mas ainda que eu rezasse não aceitaria tal generalização.


Penso que texto melhor seria "hoje é dia de oração para a maioria cristã do país". Melhor ainda se omitisse o termo "maioria", mas tudo bem.


Acho que seria bom ter respeito aos judeus, ateus, budistas, seguidores de candomble etc. E um bom modo de iniciar a mostrar este respeito é assumir que todas estas pessoas existem.


Em contrapartida, sou muito respeitosa com aqueles que guardam a Sexta-feira Santa com todos seus ritos tradicionais.

Final de semana bom como este não preciso. Baixou um rotavirus (ou similar) aqui em casa e o único passeio diferente de banheiro que fiz foi no hospital e farmácia. Soro, torradinha, canja, água de coco... blergh!


Final de semana bom como este não preciso. Baixou um rotavirus (ou similar) aqui em casa e o único passeio diferente de banheiro que fiz foi no hospital e farmácia. Soro, torradinha, canja, água de coco... blergh!


A possibilidade de termos pego de Rebeca (filha da nossa amiga Julie) é grande. O pior é que Happy, o cão, também vomitou. Não dizem que cachorro que não é igual ao dono é roubado?  Pois então.


Vai passar, vai passar, vai passar...

Como no caderno Vitrine, abandonei a real lista das 10 últimas compras e imaginei o que eu gostaria que fossem estes 10 últimos itens comprados. Não a sério, claro. Nesta minha lista, afinal, algumas coisas sequer estão a venda. E outras eu só quero como quero ir ao espaço. Sei que não irei, e daí?


Todo sábado o jornal Folha de São Paulo traz o caderno Vitrine, especializado em consumo. Dentro deste caderno há um espaço semanal em que perguntam as 10 últimas compras feitas por entrevistados diversos,em geral pessoas conhecidas. Poucos enumeram as pequenas coisas cotidianas que compramos... um maço de tempero verde... um pão de queijo... o jornal... Em geral lembram compras mais cults.


As últimas 10 coisas que comprei foram: líquido de freio para o carro, uma garrafinha de i9, um Naridrin, compra mensal para casa (rancho, como diriam no RS), 10 CDs virgens, um notebook, um café com cheese cake, cupom de pedágio, ração pra cachorro, três Lotomanias prontas e 6 pães "cacetinhos".


Mas se eu pudesse escolher, adoraria dizer que minhas últimas compras foram:


1. O quadro Nighthawks, de Edward Hopper, exposto no  The Art Institute of Chicago.



2. Um Asics Onitsuka Tiger, igual ao usado no Kill Bill. Para este desejo não basta dinheiro, não existe tamanho 35.



3. Uma Honda ST70. Pedem R$ 12 mil por uma e então eu não quero tanto assim.



 4. Bromélias que se criassem no meu quintal.



5.  Piano Pegasus, criado pelo designer suíço Luigi Colani. Jamais o possuirei pois deve custar os olhos da cara e não teria serventia, visto que não toco o instrumento.



6. Um linda ninhada de Labradores, daqueles que acabam com jardim e se jogam na água.



7. David Bowie cantando na minha festa de aniversário.



8. Um corte de cabelo igual ao da Catherine Deneuve nesta foto. Juro que já tentei mas não deu certo.



9. Um catamarã.



10. Uma décima lua-de-mel, desta vez na Micronésia.


Vá sim. Vá por mim. Dizem que é bacana e eu até acho que pra muita gente é.


Curitiba está tomada pela atmosfera teatral. Filas enormes tomam o último andar do Shopping Mueller, repletas de pessoas em busca de ingresso para um dos tantos espetáculos do Festival de Teatro. Fico feliz com isso. Acho bacana que existam tantas pessoas dispostas e tirar um dinheirinho do bolso para prestigiar o evento. Na verdade isso alivia a culpa (que não sinto) por não ter a mesma disposição.


Como já escrevi algumas vezes, eu odeio teatro. Acho chato. Gosto de cinema, pintura, escultura, balé, arquitetura... mas destesto teatro. Acho mesmo aborrecido. E acho que alcança raros momentos de excelência, aos quais não tive a oportunidade de presenciar apesar de já ter assistido a montagens elogiadíssimas.


Não sou do tipo que estufa o peito ignorante para dizer que não gosto. Não. Para alcançar a coragem de dizer isso me dediquei a conhecer "o inimigo". Desgosto com conhecimento de causa. De Shakespeare a Brecht, passando por Ionesco, Qorpo Santo, Albee, Tenessee ou Boal... sei quem são e o que escreveu cada um dos grandes autores. Posso conversar horas e horas com os adoradores desta arte e não conseguirão me convencer do contrário.


E eu, do meu lado, nada farei para convencê-los da minha opinião. Só quero continuar com meu olhar distante para aquela fila, dando meu discreto apoio.


Vá ao Teatro! Vá por mim.

Revelo um dos meus segredos mais guardados. Quando ainda novinha na profissão tentei ingressar na Revista Contigo.

Abro aqui neste espaço um dos meus segredos mais guardados por muito anos. Vantagem da maturidade, quando pequenas vergonhas passadas se convertem em piadas sob um novo e complascente olhar.


 


Pois bem. Após os primeiros passos no jornalismo dito "sério", tentei ingressar na Revista Contigo. Isso mesmo! Cansada de escrever bobagens sob máscara da austeridade, resolvi apelar e enviei meu currículo para Décio Piccinini, àquela época editor da publicação. Nem resposta obtive. Imagino não ter gostado do argumento utilizado. Sem mentiras, pedi a vaga argumentando que já que era pra escrever bobagem gostaria de radicalizar na Contigo.


 


Injustiça. Ao invés disso lá fui eu escrever nas editorias de agropecuária. Sem chances de cobrir os desfiles da São Paulo Fashion Week ou similar, freqüentei profissionalmente a pista da Expointer. Pensando bem não era tão diferente mas o glamour era muito menor, sem dúvida.


 


E pra que esta encheção de linguiça? Pelo simples motivo que hoje, olhando para trás, penso que não teria dado certo meu ingresso no mundo das fofocas sobre celebridades. Acompanho regularmente a cobertura deste mundinho e me desencanto pelo universo de doenças psicossociais que convivem livremente ali, onde tudo é permitido, menos bom senso.


 


Os sites norte-americanos que acompanham celebridades - reais ou fakes -, são os melhores. Elegem umas criaturas para seguir e a partir daí é um salve-se-quem-puder. Lindsay Lohan é meu exemplo mais querido. Ela dá linha pra fofoca, mas, ao mesmo tempo, nos milhares de pixel-coluna publicados sobre a ex-atriz-até-que-prove-o-contrário, raras vezes vi uma declaração entre-aspas. Por entre-aspas entenda-se: Segundo FULANO DE TAL, xx anos, ator, amigo ou qualquer coisa dela... Enfim, nunca vejo alguém que se responsabilize por aquilo que é escrito. Que mostre de onde veio a informação. Nada. Tirando os comentários do demente do pai dela, cuja aparente psicose justifica qualquer adição da LiLo (esta é típica... junte as primeiras sílabas dos dois nomes e forme um terceiro), nada de comprovadamente real é escrito.


 


Isso sem falar na perversão suprema que caiu na cabeça da Jennifer Love Hewitt há uns dois anos. A atriz estava na praia tranquilamente, de biquíni, claro, quando fotografam sua celulite. Ó céus! Uma bunda com celulite. Aquelas fotos se espalharam de tal maneira que a moça resolveu fazer dieta rigorosa. Magra como um pavio, o que fizeram estes mesmos sites? Anunciaram que estaria anoréxica.


 


E vão se acumulando as tais besteiras. Os sites de celebrities-gossip, como são chamados, publicam sem qualquer critério. Uma das bolas-da-vez é Gwyneth Paltrow, aquela que injustamente ganhou o Oscar de melhor atriz por Shakespeare Apaixonado (deixando pra trás Cate Blanchet, por Elizabeth, e a improvável Fernanda Montenegro, por Central do Brasil). O maior escândalo da vida de Gwyneth é ser uma das melhores amigas da versão Madonna mãe de família. Casada com um dos Coldplay, é quase uma pessoa “normal”. Daquelas de quem não se tem o que falar.


 


Isso no mundo das pessoas saudáveis. No mundo do news-celeb ela é o que chamam de uma A-List (top convidada na lista de qualquer evento). E uma A-List sem fofoca não se cria, queira ela ou não. E foi aí que decidiram acabar com a iniciativa de Gwyneth ter seu próprio blog, o Goop, onde registra suas dicas de filmes, restaurantes, passeios etc. A grande pergunta que fazem: “o que ela tem a dizer? Quem vai se interessar por isso?”. E aconselham: “Pare já!”.


 


Inacreditável. Eu posso escrever a merda que quiser, como tenho feito ao longo dos anos, inclusive e principalmente neste momento, e ela não. Ai, ai. Eu teria morrido de fome neste metier.