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Meu pai acaba de ligar, exultante, contando que minha mãe deu um cachorrinho pra ele. O maior "cachorreiro" do mundo estava sem um bichinho há 3 anos, tempo necessário para superar uma fatalidade.

Evidentemente sem querer, ele atropelou sua cachorrinha Keezi, que já velhinha não resistiu.

Longa e feliz vida a ambos. Victor Hugo e Meg.

É  fato que meu tenista favorito, o suíço Roger Federer, ainda vai abiscoitar um troféu aqui e ali. Talvez até um ou outro dos grandes. A seus detratores digo que sua "decadência" significa estar pelo menos nas semifinais de TODOS os torneios que joga.

Mas está na hora de começar a pensar em quem vai substituí-lo em meu coração e sinto que não será pela qualidade dos golpes que escolherei, visto que o que se apresenta não me agrada: Nadal, com dias contados também; Djokovic, não simpatizo; DelPotro, muito esquisito; e Murray é ele e isso me basta.

Então me chega esta fotografia e coloco o espanhol Feliciano Lopez como primeiro da fila.

Acabaram-se. Todas as desculpas para postergar o que tem que de fato ser feito estão superadas. Nada mais justifica o adiamento. Não preciso pagar o aluguel e nem encher a geladeira. O iPod está com a trilha certa. Os Moleskines estão todos comprados e o escritório finalmente está com "a cara" que julguei necessária.

Histórias acumuladas tenho uma e várias.

Hoje meu infantil redivivo teve muita brincadeira. Ficou pronta a pintura da minha bicicleta de passeio e Fernando milhões-de-vezes-querido veio  aqui em casa me ajudar (ele fez sozinho) a pendurar os quadrinhos que eu havia mandado emoldurar.

Até trabalhei! Uau!

Ia tudo bem até eu encasquetar de querer um arquivo salvo na mídia que mostro ali embaixo. É obvio que uma casa com 5 computadores, em 2011, não tem um drive de disquete. Claro.

Vou começar a sapatear.

Enquanto aguardava o instrutor esta manhã lembrei de uma história boba que me divertia. Nos meus tempos de extensão rural percorria muitas pequenas propriedades familiares. Aquelas em que o próprio dono mete a mão na enxada. Este pessoal, caso não saibam, acha otário o povo da cidade. Sabe a mania que o urbanóide tem de achar o colono "capiau"? Pois com eles é o mesmo. Acham que alguém que nunca plantou o que comeu é um bobão que nada sabe da vida.

E nisso adoram mostrar os calos, para eles sinônimo de gente "trabalhadeira". E era ai que eu os conquistava. Quando vinham falar em calos eu logo mostrava os meus. Pegavam nas minhas mãos e olhavam rindo. "Nossa! Esta trabalha mesmo".

Não sabiam que meus calos eram da raquete de tênis e do violão.

Alguém perguntou no Twitter como ensinar a um filho o prazer de fazer um trabalho bem feito. Outra pessoa sugeriu que o grande lance é aprender brincando.
Não tenho filhos mas um dia a pedagoga Mariza Pan, com quem tive a honra de trabalhar no Colégio Integral de Curitiba, puxou minhas orelhas quando sugeri o tal "aprender brincando".
Sem desmerecer o ato de brincar, maravilhoso e fundamental, aprender dói. É trabalhoso. Requer imersão. Intensidade.
Feliz quem consegue obter prazer no processo e não só no resultado. Se pais e mestres conseguirem que as crianças tenham esta percepção, sensacional. Mas não se iludam, pais e aprendizes, quanto a diversões nesta etapa.
Olhando pra trás e em volta, concordo.

Sou uma mulher de idéias mas, confesso, preciso assessoria para finalizar algumas. Mandei emoldurar uma série de quadros a partir de desenhos feitos em Moleskines cedidos gentilmente por alguns artistas. Ficaram lindos.

Ocorre que são oito. E ocorre também que eu sou boa pra ter a idéia, pra escolher os desenhos e molduras que eu quero... mas tenho medo de por tudo a perder com uma distribuição tosca.

Vai dai que um arquiteto amigo se ofereceu pra vir aqui me ajudar na empreitada mas só poderá vir na quinta-feira.

Vou tomar uns Nervocalm pra me segurar e não fazer por conta própria a m...

Pelamordedeus! Uma única razão pela qual algumas pessoas não conseguem ter noção mínima de conveniência? Estávamos no saguão de embarque de Congonhas quando um cretino, irritado com o atraso do seu vôo, desandou a falar sobre seus problemas com aeronaves. Em altíssima voz, narrou turbulências com precisão cinematográfica.

Olhei para ele disfarçadamente e fiz olhar de súplica, rogando que parasse com a ladainha enquanto apontava discretamente para a amiga sentada ao meu lado e que tem verdadeiro pânico de voar. Ele entendeu e mudou de assunto. Não sem antes comentar (igualmente para quem quisesse ouvir) que ela tinha medo e por isso parava.

As pessoas fazem cada uma, não? Falar de turbulência em aeroporto é o de menos. Quem não conhece alguém que, ao visitar enfermo no hospital, espuma de prazer ao contar casos de tratamentos fracassados para casos similares ao do doente ali deitado?

Gente! Ó gente! Eu gosto mas canso.

No último domingo morreu um dos maiores especialistas em  história da arte, Leo Steinberg. Aos 90 anos, em Nova York. O motivo: "causas naturais".

É óbvio que eu sei o significado da expressão "causas naturais" mas ela sempre me deixa confusa sobre quais não seriam "naturais"?

Assassinato? Mas não é da natureza humana a capacidade de matar? Apenas a domamos, felizmente a maioria de nós, em nome da civilidade.

Tudo nesta vida é causa natural.

Mas este pensamento é muito idiota. Primo daquele que me surpreende quando falam em "tumor benigno". Benigno pra quem?

Em março completamos 10 anos com este ser aqui em casa. Jamais esquecerei o dia em que o compramos. Era o cãozinho mais desperto naquele fim de feira. Deveria ter desconfiado que isso teria algum significado traduzido em safadeza e traquinagem.

O primeiro ato solene de Happy foi vomitar no carro. Passaram-se anos para ele relaxar dentro de um veículo. Até florais tomou com a finalidade e relaxamento.

Hoje é um "senhor" preguiçoso e muito... muito ranzinza.