Enquanto a costumização dos containers acontece lá na indústria, aqui ficamos no aguardo da piscina para darmos continuidade às obras.
Aproveito para mostrar como ficará o interior da academia.
Eu faço o 4 e sou treinada em psicotécnicos
Material chegando e aguardando a concretagem, que deve rolar na próxima terça ou quarta.
O interessante é que em paralelo corre a montagem dos containers, que já estão cortados e aguardando pintura, conforme me explicou o Pedro (Mestres, engenheiro).
Semana que vem vamos lá dar uma olhada neste outro lado da obra.
Por aqui é isso:
Há quem diga que sou muito exibida e que tenho que tudo mostrar aos outros. Parcial verdade. Algumas vezes mostro para celebrar e noutras para compartilhar. Raras são as situações de mero exibimento. As duas primeiras hipóteses são o caso aqui, celebrar e compartilhar.
Nesta semana começou a ganhar forma o Projeto Academia Container, estudado há mais de ano. Sempre desejamos ter uma academia nos fundos de casa, um lugar no qual fosse funcional e agradável praticar exercícios. Os maiores impeditivos eram o tempo e a bagunça da obra. Além de custos, é claro.
Pesquisa daqui e dali... chegamos a este formato, projetado pelo Arq. Danilo Corbas:
Os containers formarão um conjunto "ecológicamente correto" com a casa, construída com tijolos de solo-cimento e com aproveitamento da água da chuva nos vasos sanitários e torneiras externas.
Ah... a piscina. Ela já entrou e saiu dos planos umas 50 vezes. Mas realmente não havia como adiar sua implantação. Considerando que a obra já causaria os transtornos normais, fomos na carona. Claro que não faria sentido optarmos por um prédio de construção limpa e rápida e fazermos uma piscina de obra demorada. A despeito da ira inicial de todos, encontramos um formato em fibra que nos agradava e está lá... buraco sendo cavado.
Este barulho me soa como música!
Quem me conhece sabe que sou uma espécie de louca do 0800. Sou tão chata que troquei a torneira do lavabo um ano depois de instalada. E como escolhi modelo mais barato, ainda por cima recebi troco na troca. Esta sou eu.
Esta semana fizemos compras através do site do Pão de Açúcar, como de costume, e ao invés de 8 garrafas de Coca-Cola Zero nos trouxeram das normais. Liguei e disseram que a substituição seria feita no dia seguinte. Mal desligo o telefone e Cândida, "the cleaner", entra em meu escritório com potinhos de iogurte com validade até 06/11/2012... justamente o dia em que estávamos.
Liguei novamente e mais uma vez prometeram a troca mas que talvez não fosse possível o envio junto aos refrigerantes.
Para registrar o ocorrido e dar uma cutucada na empresa, postei a foto acima no Twitter, relatando brevemente o ocorrido. Não deu 15 minutos a havia uma mensagem pedindo que eu encaminhasse meu telefone para que entrassem em contato. Não completou 30 minutos e, apesar de eu não ter respondido a solicitação feita, ligaram para minha casa pedindo mil perdões e garantindo que em um prazo de duas horas teria meus produtos entregues.
E assim foi.
Mas o mais interessante em tudo isso foi o interesse em solucionar. O empenho foi tão mais notável por isso: minha reclamação no twitter foi através do meu user @marciamr. Meu nome completo aparece ali mas... a compra foi feita por Denise. Quer dizer... correram atrás do cadastro por via inversa. Pelo produto ou reclamação no SAC.
Vejam que quando querem resolver algo eles conseguem agir com muita diligência. Desta vez quiseram MESMO matar o assunto no nascedouro.
Hoje uma amiga veio ao meu Twitter, via DM, perguntar se estava tudo bem aqui em casa. A pergunta originou-se do meu "sumiço" das redes sociais. Menti que estava tudo bem e que havia me afastado por conta do trabalho e de um livro maravilhoso que estou lendo.
Na verdade tomei bode deste momento eleitoral. Me senti por diversas vezes ofendida e não é para isso que me plugo, com certeza. Pra isso já tenho algumas coisas na vida que não andam bem como eu gostaria. Coisas que vão de bobagens como a portaria do condomínio às loucuras de uns e outros.
Estas épocas de eleições revelam paixões. Redundantemente cegas paixões. Pleonásticas cegas paixões. Rídiculas paixões.
Vejam... eu acho que o país está melhor sob a administração do PT. Só se eu fosse insana e burra para não observar os números e a vida das pessoas que me cercam. Votei no PT em todos segundos turnos em que se fez presente, não importando contra quem. Para presidência, que fique claro. Em outros níveis, nem sempre.
Mas basta você não ter esta paixão cega, força única capaz de negar mensalão, dinheiro na cueca etc... para você ser uma salafrária. Inimiga do povo. Uma porca a serviço do imperialismo neo-liberal, capacho da Veja e afins.
E isso me ofende profundamente pois eu sei que sou uma boa pessoa. Solidária, generosa, cumpridora dos meus deveres.
Não sou um monstro só por não ter idolatrias. Não sou do tipo que aos "inimigos" só restem as batatas.
Ao ler o Livro das horas, da Nélida Pinõn, dou de cara com este pequeno capítulo que é das coisas mais lindas que li nos últimos tempos:
"Não tenho filhos, mas leitores, capazes por si sós de defenderem a civilização contra os avanços da barbárie. A eles nomeio sucessores de uma linhagem irrenunciável. E, embora duvide às vezes se vale defender alguns princípios hoje contestados, persisto em inscrever certas normas no código dos direitos humanos.
Não conheço os leitores e nem sei onde vivem no território brasileiro. Mas penso um dia convidá-las a serem parceiros, sócios, aliados das minhas aventuras narrativas. A me conhecerem pessoalmente, trazendo debaixo do braço algum romance de Machado de Assis. E que vejam como é a aparência de quem se habituou a registrar os enredos que também eles viveram junto com suas famílias.
Instalados em minha sala da Lagoa, eu lhes ofereceria um guaraná Antarctica, um cafezinho, e biscoitos de polvilho. Juntos, mergulharíamos nas águas barrentas das palavras, no redemoinho vertiginoso das emoções, nas trevas perturbadoras dos sentimentos ainda sem nome e definição precisa.
Ao lhes mostrar os recantos da casa e do estúdio onde escrevo e guardo papéis obedecendo à vocação de amanuense, eu os regalaria com um livro de minha autoria, para que o guardassem na estante, na mesinha de noite, ou no chão de barro socado de algum casebre às margens do rio Negro. E que o lessem um dia desavisados, de forma inadvertida, e sem preconceitos, prontos a chorar caso alguma sentença os enternecesse. E não hesitassem por sua vez em repudiar o livro, que lhes estaria causando dano.
Não importa o que façam. Peço-lhes apenas que aceitem com boa vontade o coração desta escriba que só tem de seu a língua e os sentimentos herdados de sua grei. E acaso há que pedir mais?"
Finalmente encontrei o Serelepe que ronda nossas árvores. Bichinho danadinho e dissimulado, difícil de ser visto. Se enrola todo.
Mas bonitinho o safado!