Seis candidatos ao governo do estado participaram do debate na noite de 26 de setembro. E todos conseguiram a proeza de perder votos. Enquanto Rubens Bueno balançava sua cauda de pavão ilustrado e bem intencionado, Osmar Dias, visivelmente pouco à vontade, tentava mostrar seriedade e algumas propostas. Roberto Requião mais uma vez se segurava para aparentar serenidade pouco associada a sua imagem. Flávio Arns estava patético com aquele eterno ar de seminarista conciliador, que inclusive não cabe mais tão bem a um senador petista. Melo Viana usava o modelito mais moderno da noite mas tudo o que deixou registrado foram os constantes apelos para que a população votasse em deputados do PV, bons e sérios "como Fernando Gabeira", dizia. Tinha ainda Luiz Felipe Bergmann, que precisa tomar umas aulinhas de verborragia com sua correligionária Heloísa Helena. Dava pena ver o moço tirando forças sei lá de onde para falar. E tentando reger isso tudo, na redundante tarefa de mediar a mediocridade, Sandra Annenberg não tinha muito o que fazer. As regras do debate favoreciam o marasmo que retrata uma campanha na qual tudo o que temos é mais do mesmo.
Feito inédito no debate do PR
Sandra Annenberg cumpre a redundante tarefa de mediar a mediocridade dos seis candidatos ao governo do estado que participaram do debate na noite de 26 de setembro. Nele, todos conseguiram a proeza de perder votos.