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O que leva seus personagens a sempre colocarem um possessivo antes ou após cada substantivo?

Ao final de Terra Nostra libero uma pergunta que esteve sempre em minha cabeça nestes meses todos. O que leva seus personagens a sempre colocarem um possessivo antes ou após cada substantivo?


Em Terra Nostra não existe amor, não existe marido e não existe mulher. É sempre “amore mio”, “minha mulher”, “meu esposo”.


Não existe sequer filho ou pai... em português ou em italiano, é sempre “filho meu”, “Sr. meu pai”. E isto ocorre tanto com os personagens brasileiros quanto com os imigrantes, de forma que não se trata de um efeito “sole mio”.


Diante disso, leitores meus, começa aqui a coluna minha.


Por sugestão do editor meu, Gilnei, e em comemoração a centésima coluna minha, o leitor que enviar a melhor resposta a este questão vai ganhar de prêmio a antológica Telefunken que inspirou minha primeira coluna, intitulada Verde e Rosa Valvulado.


Escrevam justificando o possessivo usado em Terra Nostra e concorram a este maravilhoso e inestimável brinde.


E para continuar no ritmo Nico Fidenco... não se pode dizer que a ítalo-novela, agora em seus últimos capítulos,  não tenha inovado. Seja premeditadamente ou não, inovou sim.


Nunca vi uma novela com torcida tão contrária ao casal de protagonistas. Não há pessoa que eu fale que torça pelo final feliz de Matteo e Giuliana. Todos querem que a moçoila acabe nos braços de Marco Antonio. De mães a tias, de diaristas a balconistas, taxistas... unanimidade.


Deve ser por conta do carisma de Thiago Lacerda, o mais legítimo herdeiro de Tarcísio Meira. Melhor até que Tarcisinho. Quando Thiagão recebeu a sinopse estava escrito que seria um imigrante bronco. Aí ele esqueceu de imprimir um pouco de ternura em seu personagem (ou não conseguiu). Ficou só nisso.


Pior que Matteo só o que a Sony vem fazendo com seus telespectadores. Mudou a grade de programação, começou a reprisar episódios de seus seriados top e a gente nunca sabe o que vai passar. Ficamos esperando para ver um seriado e quando ele inicia... bomba... as cenas são se duas temporadas passadas.


Perdi completamente a paciência. Tudo bem que estejamos abaixo da linha do Equador... mas ainda somos consumidores. Empobrecidos, é evidente, “pero” consumidores.


E para quem reclama da programação de domingo, uma dica. Assista na Cultura, às 19 horas, Projeto Atlântico. Nelson Motta e Eugênia de Mello e Castro juntam um artista brasileiro com um português e mandam ver no papinho. De quebra umas cantorias legais.


Neste domingo, dia 28, tem Maria Bethânia e António Alçada Baptista, no próximo domingo, dia 04, é a vez de Edu Lobo e Sérgio Godinho. 


Melhor que show de calouros e pegadinhas.


Inté.