Ontem chegou para mim um pacote pelos Correios. Estranhei pois excepcionalmente não esperava encomenda alguma. Demos folga ao cartão de crédito aqui em casa nos últimos dias. Era da D. Neuza Dietrich, amiga da família há mais de 30 anos e minha velha algoz no tênis.
Abri e eram os guardanapos que compõem jogo com uma maravilhosa toalha rendada. Aquelas famosas toalhas da Ilha da Madeira. Linda.
Disse minha mãe que D. Neusa decidiu regalar as pessoas a quem quer bem, distribuindo entre elas alguns "bens" acumulados ao longo da vida, o que me fez duplamente feliz.
Presente é um assunto que eu gosto. Sou especialista em dar e em receber presentes. Posso afirmar que o melhor presente do mundo é aquele que faz pessoa se sentir lisonjeada, não importa o quanto tenha custado. É aquele que demonstra que o outro pensou na gente quando escolheu.
Em dezembro de 1988 ganhei um presente "seminovo" que guardo em lugar de destaque na minha estante. No amigo secreto da faculdade Cris me deu "Todos os fogos o fogo", contos do Julio Cortazar, com dedicatória épica.
Há uns três aniversários meu amigo Taio me deu uma enorme bola colorida, daquelas de praia. Comprou depois de ter ouvido uma triste lembrança da minha infância. Compensou com sobras o trauma. Repousa em meu escritório e ai da criança que a pegar.
A galeria de regalos é grande. Agora entrou a toalha da D. Neusa.
Alguém no mundo me quer bem.