É sabido por todos que certo, certo ninguém é. Já vi doidos de todos os formatos mas aqueles que mais me assustam são os que apresentam quadro de perversão. É difícil conviver com eles, impossível argumentar. Ante a possibilidade de um embate, o perverso desqualifica, abstrai ou distorce. Anula, de alguma forma, o outro. De todos os malucos, o perverso é o que mais me incomoda. Conheci alguns destes tipos. Da maior parte consegui manter distância, tão logo detectados. Com alguns, por questões profissionais ou pessoais, sou obrigada e manter relações no minimo cordiais, o que me faz ferver o sangue muitas vezes. No momento "convivo" (destaque para as aspas) com duas completas pervertidas. A primeira tem sintoma absurdamente irritante. Não sei se porque mente ou porque não gosta que se entre em seu mundo, quando perguntada sobre coisas que para a maioria das pessoas são básicas, finge não ouvir, jogando para o outro sua própria maluquice. "Ah, você estudou engenharia em Moscou"? "O que você fazia lá"? Sei lá por qual motivo ela olha para o lado ou baixa a cabeça falando qualquer coisa em volume inaudível. E muda de assunto. O perverso nunca erra, jamais se equivoca, bola fora não é com ele e sempre sabe tudo. Por conta desta característica, uma perversa anda me fazendo quase perder a cabeça. Depois de dizer que eu falo coisas que podem escandalizar moralistas, depois de criticar uma colega por se mostrar de biquini (quem é moralista mesmo?), depois de criticar todo mundo com sua verborragia pseudo-psicanalítica... quando alguém a interpelou e deu um basta na falação qual foi sua resposta? Reclamou que a estávamos tolhendo. Apagou tudo o que disse, vitimizou-se. Mas a internet guarda tudo. Quem infernizou quem? A resposta está no hd.
Dá o tapa, esconde a mão
Só para registrar meu desconforto com certas perversões. Nada além disso.