Parece paradoxal o fato de Fernando Collor de Mello voltar a Brasília e ocupar a cadeira deixada pela Senadora Heloísa Helena. Mas não é tanto assim. Ambos são verborrágicos, destemperados e cheios de frases de efeito. E cá pra nós, não há nada mais semelhante em métodos que um politico de extrema esquerda e outro de extrema direita. Se é que isso existe. Se é que não são a mesma coisa. Mas isso não é o que mais me interessa, visto que já superei polarizações ideológicas inconsistentes ou fictícias. Estava aqui a pensar sobre uma velha estratégia de marketing usada por Fernando Collor de Mello. Quando candidato e posteriormente presidente, o "caçador de marajás" costumava usava camisetas com mensagens. Tinha várias, uma para cada ocasião. Quando “foi saído” da presidência do país ficou célebre uma que dizia: “o tempo é o senhor da razão”, insinuando que um dia ainda seria inocentado das acusações sofridas. 14 anos decorridos e ele está de volta ao Planalto Central. Não ainda aos jardins onde construi as famosas cascatas, mas ao Senado. O abdômen tanquinho se foi para dar lugar a uma barriga razoável. As palavras aparentemente estão mais comedidas (ainda). Não sei por quanto tempo a velha persona ficará oculta e muito menos quais os ardis da nova persona adotada Também não sei se o tempo é o senhor da razão. Mas se o povo elegeu recentes mensaleiros, porque continuaria a castigar Collor? O tempo não é senhor da razão... é que com o tempo a gente nem lembra mais as razões. A não ser eu, que sou chata.
O tempo é mesmo o senhor da razão
Parece paradoxal o fato de Fernando Collor de Mello voltar a Brasília e ocupar a cadeira deixada pela Senadora Heloísa Helena. Mas não é tanto assim.