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Jornali-STAR

Hoje estou me sentindo a Babi. Não pelo charme e menos ainda pelo provável novo salário da moça... mas ai que tédio!!!

Hoje estou me sentindo a Babi. Não pelo charme e menos ainda  pelo provável novo salário da moça... mas ai que tédio!!! Não  agüento mais a minha "MTV". Tô topando até um esse-be-te  qualquer.


E risada sobre TV esta semana, só se for por conta do meu  humor negro. Leio nos jornais que roubaram os perus da Globo.  O ladrão pensou que no caminhão estaria o time de galãs mas  eram apenas os presentes de Natal dos funcionários da  emissora, por isso devolveu tudo pra Sadia. Assim fica difícil  não ser acometida por uma síndrome de José Simão.


Certo está um amigo mineiro. Cansou de ver televisão e decidiu casar com uma antiga colega de faculdade. Agora tem um filho e freqüenta sebos de vídeos. Está com a coleção completa do Walt Disney e passa horas assistindo sob pretexto de mostrar ao garoto. Além de fugir das bobagens da TV, de quebra consegue  escapar dos noticiários sobre o Atlético Mineiro, já que é cruzeirense roxo.


Esperto ele, que deve ser da mesma tribo do Paulo Autran. O ator brilhou na última edição da revista Bravo. Resumiu em  poucas linhas o que acontece com as novelas e, por extensão,  com a TV brasileira. Vejam só:


"Televisão, em resumo, é o quê? É ibope. É a luta pelo ibope.  É o ibope que vai determinar o valor do segundo da televisão.  Então, a única preocupação em todas as tevês é agradar ao gosto médio da população, que cada vez mais se avalia por baixo. A televisão está totalmente sujeita ao ibope, e daí resulta que todas as novelas se resumem a duas perguntas: ou é quem casa com quem? Ou é quem matou?".


O pior é a força desta porcaria toda. A TV é um veículo tão forte que até quem nunca foi ao ar já é alçado à condição de celebridade. Noutro dia acompanhei a confecção de uma reportagem. A repórter cumpria sua primeira pauta, nunca havia aparecido na TV. Tanto é assim que era monitorada por profissional mais experiente.


Mas lá estava ela... microfone na mão... diante de uma câmera com conhecido logotipo estampado. Deve ter uns 22 anos. Uau!!! Foi a criançada ver que a câmera era de uma emissora e já cercaram a moça com pedidos de autógrafo. Jornali-star, a nova categoria do mundo da mídia. A matéria nem entrou na programação mas isto pouco importa. Era só um teste mesmo. Melhor ainda vem do meu vizinho de 15 anos. Assistindo a um velho filme do The Doors pela MTV ele comentou que aquele não era o Morrison. Rolei de rir... o coitadinho achava que o líder da banda era o Val Kilmer. Mais um caso extremo de confusão entre ficção e realidade. Se assistir a um filme da Janis Joplin é capaz de achar que aquela é uma impostora que entrou no lugar da Bette Midler.


E pra não dizer que tudo é tão ruim... vi nesta semana um longo documentário sobre Leonardo Pareja no Canal Brasil. Assisti com algum atraso, é verdade. Realizado em 96 por Régis Farias, trata-se de um dos melhores testemunhais que já assisti. Quem ler esta coluna na sexta ainda tem chance de assistir (ou gravar)na madrugada do dia 18, às 4 horas, sua reapresentação.


E é só