Recebo um email com a localização das novas câmaras que o Detran/PR instalou pelas ruas de Curitiba para fiscalizar motoristas infratores. São muitas espalhadas pela cidade.
Ligo a TV no Jornal Nacional e lá noticiam que a Globo distribuiu por São Paulo 50 câmaras com a intenção de flagrar situações diversas do cotidiano.
Satélites são capazes de monitorar o universo e a telefonia digital denuncia o número do telefone antes mesmo do procurado atender. A nova geração Pentium vem com um número de série que pode ser capturado pela Internet.
Socorro!!! The Big Brother existe realmente.
Ainda bem que meu negócio aqui no Baguete é escrever sobre televisão e assim não preciso ficar pensando nestas coisas. Este negócio de realidade é um porre e é por isso que eu quase consegui assistir o Especial Hebe Camargo.
Que festa, hein?! Uma beleza. Imagine Hebe cantando em duo com Agnaldo Rayol? Imperdível. E o modelito branco e justo da cantora-apresentadora? Brincadeiras de lado... considerações sobre o bom gosto do programa à parte... Tia Hebe é poderosa. Estava (quase) todo mundo lá. Do esquecido Sílvio César a Daniel. De Raí a Rita Lee (êta rima probre), Mário Lago, Zizi Possi. Tinha gente de todos os tipos.
É evidente que o mundo não precisava daquele espetáculo mas quem pode... pode.
E falando em poder... quanto hoje custaria fazer o filme que assisti sábado de manhã no Canal Brasil? Acordei e preguiçosamente liguei a TV para ver nada. Só para ter um motivo a mais que favorecesse o prolongamento da vadiagem. Metódica que sou, invariavelmente começo meu tour pelo canal mais alto e venho baixando. Passo então CNN, Warner e pimba... passava "A Madona do Cedro", filme de baseado no livro de Antônio Callado. O que mais me chamou a atenção foi o elenco, que reúne um time que, imagino, inviabilizaria sua produção hoje.
Não vai aqui nenhuma pitada de humor negro, já que boa parte do elenco nem vive mais, refiro-me à qualidade e ao custo de pegar um time daqueles e colocar em uma só produção hoje. Atores do cacife de Ziembinski, Sérgio Cardoso, Othon Bastos, Leonardo Villar, Leila Diniz e outros de igual envergadura. Quando foi filmado este era o primeiro escalão de atores brasileiros.
Aproveito então que estamos no assunto escalação de atores e comento nota lida em vários jornais sobre o interesse da Record em "comprar o passe" de Bruna Lombardi e seu "Gente de Expressão". Parece que ela estaria discutindo seriamente a possibilidade desde que a emissora manifestou a intenção de usar não apenas seu talento de entrevistadora mas também de escritora. Dizem as notas que ela teria apresentado a sinopse para uma minissérie e que esta estaria animando os pastores.
Deverá dar excelente resultado a soma do talento de Bruna com a capacidade produtiva da Record.
Finalizando...chega ao fim o mistério sobre onde andará Djenane Machado, questão levantada nesta coluna há cerca de um mês e apoiada pelo Ney Gastal. Um leitor mandou-me o telefone para contatos com a atriz e imediatamente liguei. Falei com sua prima e procuradora, Maria Teresa, que explicou-me tudo.
Djenane Machado está com 51 e vive no Rio de Janeiro completamente afastada das atividades artísticas por motivos de saúde. Felizmente não passa por dificuldades financeiras, como seria possível nestas condições, graças a herança recebida de seus familiares. Djenane, para quem não sabe, descende de uma linhagem, digamos, "quatrocentona", que inclui Chiquinha Gonzaga (bisavó de sua mãe). É filha de Carlos Machado, o rei do Teatro de Revista.