Brasil e Estados Unidos realizaram eleições nos últimos dias. Aqui escolhemos os prefeitos de nossas cidades, lá, o presidente.
Devo confessar que estive mais atenta às eleições norte-americanas que ao pleito que definiu quem vai dirigir Curitiba. Com todo respeito ao destino de nossos bairros, minha vida é bem mais afetada pelos desmandos de Washington que pelos desvarios dos alcaides municipais.
E olha que em matéria de desvarios nas prefeituras, o Brasil é pródigo.
Bush vai traduzir - tão simplistamente quanto sua aparente inteligência permite - o resultado das urnas como uma aceitação a sua terrorista cruzada anti-terrorismo. Agüentemos, pois, o que vem pela frente.
Uma lástima que a tal Globalização se confine aos limites da economia mundial. Eu quero voto globalizado já. Se as hemorróidas, ou o espírito vingador de seu pai, fazem com que Bush defina os juros que pago, os produtos que compro, meus preços e exportações... sou merecedora de escolher o presidente dos Estados Unidos. Eu e os bilhões de chineses.
Queria ver o destino do falso arauto da paz mundial.