Quem poderia unir a canção mais batida do universo com o cantor mais cara de pau do universo? A Globo, ora!! Lá vem Estrela Guia, com abertura musical de Paulo Ricardo cantando (irgh) Imagine.
Poderia ser pior. Sempre pode. Poderiam ter gravado Imagine com Paulo Ricardo e... Sandy.
E o que esperar de uma novela cujo galã é Guilherme “Chatô” Fontes? Os pais da Sandy tinham uma lista de galãs para escolherem aquele que faria par com a pimpolha e optaram por Guilherme Fontes. Imaginei que estivessem preocupados com a imagem da moça...
Segundo um amigo meu aí tem. A Globo agora se mete neste negócio de cinema... Guilherme Fontes ressurgindo... investimentos em Sandy... já já rola um filminho unindo os três vértices. E não esqueçam que a carreira de diretor/produtor do moçoilo começou no Multishow, um dos canais Globosat.
E que tal saber que os personagens de Guilherme Fontes, Sandy e Carolina Ferraz formam um triângulo amoroso... ou um triângulo, apenas?
Você, leitor com mais de 25 anos, trocaria Carolina Ferraz por Sandy? Só se for pedófilo... E Sandy “riponga”, o que é pior.
Eu só assisto esta novela se rolar um baseadinho no núcleo “riponga”. Se não rolar é porque a novela não tem mesmo qualquer preocupação com a realidade, o que me parece óbvio. Acabo de descobrir irrefutável argumento para não acompanhar esta trama. Não bastasse a boina “a la Che” incorporada ao personagem de Marcos Winter.
Ops... abro a Folha de São Paulo e vejo que a galera do cristianismo exacerbado já se mobiliza contra a novela. Ponto a favor de Estrela Guia, com seu exoterismo, e de Porto dos Milagres, com Iemanjá.
Não entende este povo das igrejas cristãs. Acham que business é privilégio só deles e não reservam uma graninha para merchandising religioso. Assim não dá!!
Já pensaram?! Depois de vender de tudo na telinha, algo muito mais inovador que o merchandisig cultural de Manoel Carlos... o merchandising de Jesus.
Dá pra imaginar uma cena da família discutindo os cortes no orçamento:
- Meu bem, precisamos diminuir as despesas.
- Mas Rodolfo, já não temos mais supérfluos nesta casa há muito tempo.
- Não, Marilda. Neste mês foi muito difícil pagar o dízimo e bem... você sabe o quanto isso é importante.
- É meu amor... você tem razão. Lembra como era nossa vida antes?
- Nem me fale. Só doença... desgraça. Vamos cortar a empregada.
Alô pessoal da Globo: gostou da idéia? O número da minha conta é...