"Pobre mas limpinho"... êta bobagem! E esta foi repetida por André Rezende no Mãe de Gravata, programa vespertino do Ronnie Von. Também... quem mandou sintonizar minha TV num programa destes?
E o pior é que não dá pra falar muito mal do velho Príncipe da Jovem Guarda pois a modernidade decidiu rever sua obra e descobriu três discos "fantásticos". Isto nada mais é que ressaca pós-revival dos Mutantes, grupo batizado e incentivado por Ronnie.
Falando sério, considerando-se ser possível levar TV a sério, gosto mais do Ronnie Von que da maiorias das apresentadoras de programas femininos. Ao menos ele não tem risada histérica. Mas não é por isso que ele precisava tocar sua interpretação de A Banda na minha orelha.
O melhor do programa é a inteligência. Ali não tem lugar para metáforas ou qualquer outra figura de linguagem. É preto no branco. Para deixar bem claro que "Fon" é uma "mãe de gravata"... o cara pilota fogão, bate bolo, pinta pano de prato... de gravata. O tempo inteiro. Chique e sutil. Imagino a gravata mergulhando na panela de feijão.
E já que falamos em sutileza... nenhuma relação, ou insinuação, com o assunto de cima... mas alguém aí já viu que o Eurochannel virou uma Gay TV? Vejam os destaques de setembro: especial George Michael, promoção Pedro Almodóvar e a estréia de Queer as Folk?
Dos três vale a pena assistir a série Queer as Folk que vai ao ar toda quarta-feira, à meia-noite, e é no mínimo interessante, colocando o puritanismo de Ellen no chinelo.
O trio de protagonistas é composto por Stuart, a bicha Oscar Wilde (desvairada); Vince, a bicha Tenesse Willians (recatada); e Nathan, a bicha Rimbaud (novata). Os três passeiam pelo universo clubber-profissional-bem-sucedido de forma, digamos, escancarada.
É óbvio que não é programa feito para pit-bull pois um preconceituosozinho qualquer não dará conta de tanto realismo.
A não ser, é claro, que estejam certos aqueles que não acreditam tanto assim na macheza da cachorrada.
Mas veja que é engraçado